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RISCOS DE QUEIMADAS PREOCUPAM
TÉCNICOS DO GOVERNO
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Agosto de 2005
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04/08/2005 - A Secretaria
da Agricultura faz um alerta aos produtores rurais
para que evitem as queimadas, principalmente nessa
época do ano quando os campos estão
secos em decorrência de geadas, seguido por
períodos de seca. Provocadas ou acidentais,
elas são altamente prejudiciais ao meio ambiente,
e acarretam graves conseqüências.
Os riscos de incêndio
nas áreas de lavouras, principalmente na
região sudoeste do Estado, a mais afetada
pela estiagem no início do ano, e enfrentou
três geadas fortes recentemente, preocupam
o vice-governador e secretário da Agricultura
Orlando Pessuti. “Hoje sabemos que a maioria dos
agricultores é consciente e evita usar esse
método para preparar sua área, mas
temos que alertar os que ainda adotam a prática
da queimada para os riscos que estão correndo”,
esclareceu Pessuti.
Segundo Edson Maurício,
engenheiro agrônomo da Secretaria, Núcleo
de Francisco Beltrão, entre os danos provocados
pelas queimadas estão a diminuição
de matéria orgânica no solo, que é
responsável pela manutenção
da vida do solo; a redução da capacidade
de retenção da água, fazendo
com que a cultura a ser instalada sofra mais nos
períodos de seca; a eliminação
de grande quantidade de nutrientes que poderiam
ser aproveitadas pelas próximas culturas
a serem plantadas; e aumento significativo dos riscos
de erosão, já que o solo fica desprotegido
e exposto ao contato direto das gotas da chuva.
Edson Maurício
lembra que provoca ainda intenso ressecamento do
solo em função da exposição
direta ao sol, afetando a sua estrutura; o aumento
de infestação de ervas daninhas, devido
principalmente à quebra de dormência
das sementes existentes no solo; e a morte dos inimigos
naturais que controlam as pragas. “E ainda pode
provocar incêndios de grandes proporções
em matas nativas e de reflorestamentos”, alerta
o engenheiro agrônomo.
Os técnicos
da Divisão de Fiscalização,
Defesa e Sanidade Vegetal da Secretaria da Agricultura,
orientam que restos de culturas como por exemplo
a palha de trigo devem ser incorporados ao solo,
quando for realizado o preparo convencional para
implantar uma nova cultura, ou ainda os restos poderão
ficar sobre a superfície protegendo o solo
se o sistema for de plantio direto, sendo que em
ambas as formas o solo terá suas características
físicas e químicas mantidas ou até
melhoradas, evitando a degradação.
“É preciso que todos os agricultores tenham
consciência de que o solo é seu maior
patrimônio, e que as queimadas só trazem
prejuízos às suas propriedades e ao
meio ambiente”, alerta Edson Maurício.
Fonte: Secretaria Estadual do Meio
Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa