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SEMA E PARCEIROS PROMOVEM
OFICINA SOBRE PASSIVOS AMBIENTAIS EM PONTOS
DE COMBUSTÍVEIS
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Agosto de 2005
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04/08/2005 - A Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
por meio do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP), e em parceria com a Mineropar, iniciou nesta
quinta-feira (04) uma oficina para discutir Passivos
Ambientais em pontos de distribuição
de combustíveis.
“A proposta da oficina é avaliar o sistema
de licenciamento de postos que vem sendo realizado
pelo Paraná e coletar experiências
positivas em nível nacional para que o Paraná
seja referencia nesta área”, declarou o presidente
do IAP Rasca Rodrigues.
Números - Segundo o presidente do IAP, no
início de 2003 existiam apenas 10 postos
licenciados em todo o estado que iniciou no mesmo
ano um processo de licenciamento rigoroso e de vanguarda
no país quanto às exigências
técnicas. Com isso o número de postos
licenciados passou para 202 e outros 527 estão
em fase de licenciamento.
“Comparando o número de licenciamento em
2003 podemos considerar um grande avanço,
mas ainda assim não atingimos a quantidade
necessária”, disse Rasca.
O Brasil conta atualmente com 45 mil postos de combustíveis
e aproximadamente 143 mil bombas de abastecimento
espalhadas entre empresas públicas e privadas.
Um levantamento realizado pela Associação
Brasileira de Empresas de Resíduos Especiais
detectou, apenas em São Paulo, 1000 áreas
contaminadas, sendo que 64% são postos de
combustíveis.
O Paraná possui 2,4 mil postos de gasolina
e de acordo com o presidente do IAP, Rasca Rodrigues
acredita-se que a contaminação deve
ocorrer na mesma proporção.
Mineropar – A Mineropar é responsável
pelo estudo de solo e hidrologia para emissão
de licenças ambientais para instalação
dos postos de combustíveis. Durante a oficina
o presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni, disse
que o setor de combustíveis líquidos
corresponde a cerca de 25% do ICMS recolhido no
Paraná. “Diante dessa importante participação
da revenda na economia do Estado, a Mineropar quer
acabar com o círculo vicioso do “eu poluo
e você me multa” para que se crie o circulo
virtuoso “você me orienta e eu cuido”, afirmou
Salamuni.
O encontro deverá reunir até a próxima
sexta-feira (05), Sindicatos de Combustíveis,
prestadores de serviço, distribuidoras, e
técnicos de órgãos públicos
e privados ambientais para um maior conhecimento
de tecnologias existentes e de procedimentos necessários
para melhorar a situação no que diz
respeito aos passivos ambientais.
O presidente do Sindicato dos Combustíveis
do Paraná, Roberto Fregonese, afirma que
80% dos postos paranaenses estão velhos,
com cerca de 10.000 tanques enterrados. Segundo
ele, 90% dos problemas de um posto de gasolina não
estão nos tanques, mas nas tubulações
que podem se romper. As tubulações
também são enterradas e, desta maneira,
podem contaminar o solo. Hoje já existe substituição
para essas tubulações antigas à
base de PAD (Polietileno de Alta Densidade).
“Se há cinco anos os postos tivessem se adequado
às leis ambientais, não teríamos
metade dos problemas que temos hoje”afirmou Fregonese.
Segundo ele, o Sindicato deverá propor a
troca dos autos de infração emitidos
aos donos de postos em fiscalizações,
por melhorias ambientais.
Segundo o chefe do departamento de licenciamento
de atividades poluidoras do IAP, Altamir Lopes de
Souza, o encontro está mostrando as novas
tecnologias para evitar a degradação
ambiental e também discutindo as exigências
contidas na resolução 273 do Conselho
Nacional de Meio Ambiente (Conama). O documento
trata da instalação e sistema de armazenamento
de derivados de petróleo e outros combustíveis,
considerados potencialmente poluidores .
De acordo com a geóloga da Mineropar, Kátia
Siedlecki, além dos potencias danos que podem
ser causados ao meio ambiente outra preocupação
diz respeito a saúde das pessoas que trabalham
em postos de combustíveis. “O contato direto
ou a inalação de substâncias
como o benzopireno - um dos componentes da gosolina
e diesel- por exemplo, pode provocar efeitos crônicos
à saúde”, explica Kátia.
Fonte: Secretaria Estadual do Meio
Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa