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GOVERNO, SOCIEDADE E SETOR
PRIVADO DISCUTEM ZONEAMENTO ECOLÓGICO
E ECONÔMICO DA ÁREA DA BR-163
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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Representantes de
setores públicos e privado e da sociedade
civil participam hoje (8) e amanhã (9), em
Altamira (PA), do debate sobre o zoneamento ecológico
e econômico na área da BR-163, rodovia
que liga Cuiabá (MT) e Santarém (PA).
Segundo o coordenador de meio ambiente da Agência
de Desenvolvimento da Amazônia (ADA), Denivaldo
Pinheiro, o objetivo do debates, organizados em
oficinas, é ouvir idéias e sugestões
da sociedade que possam colaborar na implementação
do plano de zoneamento ecológico e econômico.
O zoneamento ecológico
e econômico é um instrumento da política
nacional do meio ambiente que atua na organização
territorial. O objetivo é organizar conjuntamente
as decisões dos agentes públicos e
privados sobre os planos, programas, projetos e
atividades que, direta ou indiretamente, utilizem
recursos naturais, assegurando a manutenção
ambiental dos ecossistemas. O zoneamento leva em
conta a importância ecológica, as limitações
e as fragilidades da natureza, estabelecendo vedações,
restrições e alternativas de exploração
do território.
A atividade de zoneamento
é uma das ações do Plano BR-163
Sustentável que tem a proposta de debater
com os gestores públicos da Amazônia
e a sociedade civil local a pavimentação
da BR com o mínimo impacto, evitando que
o desenvolvimento contribua para o desmatamento
da região. Inaugurada em 1973, a estrada
atravessa a Amazônia brasileira de norte a
sul. Com 1.764 quilômetros de extensão,
dos quais cerca de 900 quilômetros não
pavimentados, a rodovia liga Cuiabá, capital
do Mato Grosso, à cidade portuária
de Santarém, no Pará.
O pesquisador da
Embrapa Amazônia Oriental, de Belém,
e coordenador do projeto de zoneamento ecológico
e econômico da BR-163, Adriano Venturelli,
explica a importância da ação
de zoneamento e do Plano BR-163 Sustentável
para a região. "A partir do momento
que você anuncia o asfaltamento de uma estrada
federal como essa o fluxo migratório aumenta
muito na região. Se você não
faz um planejamento, um ordenamento de ocupação
daquela área a região vai apresentar
um crescimento desordenado. Então o governo
federal pretende trazer junto com o asfalto todo
um programa para tentar minimizar esses efeitos.
O zoneamento é uma ferramenta que vai fazer
o ordenamento de uso para essa região",
afirma.
Denivaldo Pinheiro
conta que a primeira fase dos trabalhos de zoneamento
abrange 19 municípios no Pará e depois
se estende para o Mato Grosso. Ainda sem cronograma
definido, o coordenador de meio ambiente da ADA
conta que essa semana uma equipe já irá
a campo no Pará para fazer estudos de solo
e de recursos minerais.
Nos dias 11 e 12
deste mês, outra oficina será realizada
em Santarém (PA), com o mesmo objetivo. As
reuniões são coordenadas pela Agência
Nacional de Desenvolvimento da Amazônia, instituição
vinculada ao Ministério da Integração
Nacional em parceria com a Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Yara Aquino