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PRODUTORES DA REGIÃO DE MARINGÁ DEBATEM CONSERVAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Agosto de 2005

Produtores rurais, profissionais do setor agropecuário e lideranças vão participar do Seminário “Conservação de Solos e Água no Paraná”, que será realizado nesta quarta-feira (10) na Câmara municipal de Maringá, na região noroeste.

O Seminário será o segundo de uma série de 12 eventos, que vão acontecer em vários municípios do Paraná até o final de setembro. Segundo os organizadores, no mínimo, 350 pessoas vão participar do evento em Maringá. Na ocasião, os participantes vão poder discutir os diferentes problemas relacionados à conservação de solos e água, além de debater as alternativas que visam a solução dos mesmos.

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, afirmou que o Paraná é reconhecido internacionalmente pelas práticas conservacionistas que desenvolve. Segundo ele, o Estado atingiu elevados índices de conservação dos recursos naturais. “Mas nem por isso, podemos ficar satisfeitos a ponto de abandonar técnicas que sempre contribuíram para melhorar o manejo conservacionista. Devemos estar sempre atentos e, conseqüentemente, em dia com as ações que buscam a proteção do meio ambiente como um todo”, disse.

O engenheiro agrônomo do núcleo da Secretaria da Agricultura, em Maringá, Jurandir Castaldo, lembra que alguns produtores após consquistarem índices satisfatórios de conservação abandonaram práticas indispensáveis à manutenção da qualidade dos solos e da água. “Isto aconteceu nas áreas onde predomina o basalto argiloso. Com o tempo, alguns produtores deixaram de se preocupar, por exemplo, com a compactação do solo. Eles precisam voltar às práticas de conservação e reformar os terraços das propriedades”, afirmou.

Segundo o técnico agropecuário da Emater, Luiz Caetano Vicentini, o Seminário vai servir para relembrar técnicos e produtores sobre a importância de conservar os recursos naturais. “Com a integração lavoura-pecuária no arenito, muita gente entra na atividade sem estar preparada para a culturas anuais. Mas, antes, são necessários preparos e práticas de conservação para o plantio dessas lavouras. Alguns produtores já tinham terraços. Mas com o tempo não deram a devida atenção para que a prática fosse mantida”, disse.

Na década de 1970, com o início da mecanização no Estado, intensificaram-se as perdas de solo. “De acordo com o Iapar, na região de arenito, as perdas variavam, em média, de 15 a 20 toneladas por hectare ano”, lembrou Castaldo.

Com o trabalho de conscientização, os índices diminuíram e as perdas ficaram entre duas e três toneladas por hectare ano. “Mas, do começo da década de 90 para cá, o problema voltou e as perdas estão aumentado consideravelmente”, disse.

Quanto à qualidade dos rios da região, técnicos lembram que já foi melhor. “Através dos anos, intensificou-se o assoreamento de vários rios. Por isso, os seminários são necessários para conscientizar todos sobre o problema”, disse Castaldo.

Os participantes vão debater a situação do Rio Pirapó, que abastece a cidade de Maringá. “Mais de 200 mil pessoas dependem diariamente das águas desse rio. Quando o assunto envolve o Pirapó, devemos estar atentos aos trabalhos de conservação de solo desenvolvidos em 32 municípios banhados por ele. Na bacia do Pirapó, o manejo e a conservação devem ser constantes”.

Castaldo ressalta que as chuvas pesadas carregam materiais das propriedades que não fazem a conservação. “Os resíduos acabam prejudicando a qualidade da água, que fica mais avermelhada. É sinal do depósito de sedimentos nos rios. São fertilizantes e demais produtos usados nas lavouras”.

O produtor Marco Bruschi Neto, que cultiva soja, milho e trigo nos municípios de Maringá e Floresta, acredita que conservar o solo e a água é uma necessidade. “Se não fizermos isso, nosso meio ambiente fica prejudicado”, disse. Segundo ele, os produtores precisam lançar mão de técnicas que evitem a contaminação dos rios. “Se a gente conservar o solo e trabalhar com a mata ciliar, a nossa água fica protegida”, afirmou.

Para o agricultor José Carlos Visioli, de Maringá, a realização dos seminários é importante porque ajuda a conscientizar os produtores. Ele disse que todos precisam estar conscientes, principalmente sobre os cuidados e a importância da água. O produtor Antônio de Souza Gomes Neto também elogia a iniciativa. Segundo ele, o nível de conservação de solo, na região de Maringá, é bom. “O que precisamos é manter o que já está feito. Não podemos descuidar”.

Os seminários “Conservação de Solos e Água no Paraná” são coordenados pela Secretaria da Agricultura, através da Emater-Pr, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Embrapa Florestas. Várias entidades públicas e privadas, universidades, prefeituras, conselhos municipais e associações de classe apóiam os eventos.

Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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