|
ANÁLISE DE RISCO
PARA TRANSGÊNICOS É TEMA DE
SEMINÁRIO NA EMBRAPA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
|
 |
16/08/2005 - O plantio
de transgênicos no mundo alcançou em
2004 uma área de 81 milhões de hectares,
distribuídos por 17 países e envolvendo
cerca de oito milhões de agricultores. Desse
total, cerca de 60% da área era cultivado
com soja tolerante a herbicida, 23% com milho resistente
a insetos (milho Bt) e tolerante a herbicidas, 11%
com algodão e 6% com canola. Os Estados Unidos
- 59%, Argentina – 20%, Canadá e Brasil -
6% cada e China 5% foram os países responsáveis
por 96% da produção comercial de transgênicos.
A partir desses dados
e de outras informações e considerações,
a pesquisadora Eliana Fontes da Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia (Brasília
– DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), desenvolverá a sua palestra no seminário
do Núcleo Temático de Controle Biológico,
às 10:30 horas do dia 17 de agosto no auditório
central da Unidade, com o tema “Metodologias Científicas
para análise de risco de organismos geneticamente
modificados”.
Eliana Fontes observa
que, diferentemente das plantas e animais produzidos
por melhoramento convencional, alguns OGMs são
organismos para os quais existe pouca experiência
prévia com melhoramento, uso comercial e
monitoramento. A liberação inadvertida
de OGMs no ambiente pode resultar em impactos ecológicos
negativos em algumas circunstâncias. Por essa
razão, considera crucial o conhecimento ecológico
básico sobre os possíveis efeitos
ambientais de transgênicos para entender e
evitar esses tipos de risco.
A avaliação
de risco de OGMs deve, segundo Eliana, enfocar o
fenótipo ou produto, ao invés do processo
de engenharia genética, considerando-se suas
características específicas. Ela também
defende que sejam usadas bases de comparação
apropriadas na avaliação de riscos,
e acrescenta: “Nesta palestra será discutida
a análise de risco ambiental de OGMs, dando
maior foco ao fluxo gênico e aos efeitos potenciais
sobre as cadeias tróficas e à biodiversidade,
uma vez que estes envolvem questões relevantes
para o controle biológico. Maior relevância
será dada à geração
de conhecimentos ecológicos adquiridos e
aplicáveis ao manejo de sistemas agrícolas
e ao monitoramento pós-comercial das plantas
GM, com ênfase em tópicos pertinentes
ao trabalho do entomologista”.
Os seguintes tópicos
serão discutidos: 1) a hibridização
da planta GM com seus parentes selvagens; 2) desenvolvimento
de resistência de pragas à característica
inserida na planta GM; 3) a mudança de status
de pragas secundárias; 4) alterações
nos componentes químicos de plantas GM que
podem resultar em origem de novas pragas; 5) redução
de biodiversidade; 6) efeito sobre polinizadores;
7) efeito sobre inimigos naturais; e 8) efeitos
sobre organismos que vivem no solo, incluindo os
decompositores. Mais informações ou
detalhes: Eliana Maria Gouveia Fontes – (61) 3448-4793.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Paulo Euler)