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COMUNIDADES TRADICIONAIS
DEBATEM POLÍTICAS PÚBLICAS
PARA INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E RIBEIRINHOS
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Agosto de 2005
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17/08/2005 – O 1º
Primeiro Encontro Nacional de Comunidades Tradicionais,
que começou hoje (17) em Luziânia (GO)
e vai até a próxima sexta-feira (19),
busca discutir a aplicação de políticas
públicas nas populações indígenas,
quilombolas, ribeirinhas, entre outras. A idéia
é unir os programas de inclusão social
e cidadania, criados por diversos ministérios,
e adaptá-los às comunidades, avaliando
também a integração entre comunidade,
governo e sociedade civil.
Para a ministra do
Meio Ambiente, Marina Silva, a expectativa é
transformar as boas experiências das comunidades
em políticas públicas. "Essas
comunidades têm uma contribuição
fantástica para o país no que diz
respeito aos conhecimentos que têm, então
associados à biodiversidade dos mais diferentes
ecossistemas. Elas aprenderam a conservar e manejar
esses biomas", explica a ministra.
Marina Silva afirma
que é preciso ter um programa que atinja
as comunidades e respeite suas características.
"As várias necessidades precisam ser
integradas a uma ação mais ampla de
governo, em parceria com as próprias comunidades
e com os governos locais e estaduais."
Nos três dias
do encontro serão montados grupos de trabalho
com os diversos representantes das comunidades tradicionais
– quilombolas, povos indígenas, comunidades
ribeirinhas, por exemplo – para a discussão
de temas relacionados à diversidade dos participantes.
O representante do
povo Terena, do Mato Grosso do Sul, Claudionor do
Carmo Miranda, comenta que a criação
de políticas públicas para as comunidades
tradicionais deve permitir a valorização
do conhecimento empírico: "Todo povo
tradicional mantém uma cultura específica,
um certo conhecimento tradicional. São conhecimentos
empíricos que têm de ser valorizados".
Ao
todo são 17 ministérios, coordenados
pelo Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, além da Secretaria
Especial de Promoção da Igualdade
Racial da Presidência da República
e de representantes da sociedade civil e das comunidades
tradicionais de todo o país. Está
prevista a elaboração, ao final do
encontro, de uma proposta de Política Nacional
de Desenvolvimento Sustentável para as Comunidades
Tradicionais.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Priscilla Mazenotti