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MINISTÉRIO DO TRABALHO
DESENVOLVE PROGRAMA PARA JOVENS INDÍGENAS
NA REGIÃO DO ALTO SOLIMÕES
Panorama
Ambiental
Tabatinga (AM) – Brasil
Agosto de 2005
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19/08/2005
- A mesorregião do Alto Solimões,
uma área de 200 mil quilômetros quadrados
onde vivem 190 mil habitantes, terá o primeiro
Consórcio Social para a Juventude Indígena
do Brasil. Nas capitais, onde o programa já
é desenvolvido, jovens de 16 a 24 anos recebem
orientação pessoal e reforço
escolar durante seis meses, na disputa por uma vaga
no mercado de trabalho, além quatro parcelas
mensais de R$ 150. Em contrapartida, prestam serviços
comunitários.
"Sabemos que
aqui dificilmente vamos encontrar oportunidades
de trabalho formal, com raríssimas exceções.
Então o foco desse consórcio será
no sentido de fomentar as experiências empreendedoras.
Não vamos chegar com nada pronto, o projeto
será discutido e executado pelas organizações
indígenas", explicou Jorge Guimarães,
delegado regional do Trabalho no Amazonas.
Segundo ele, o Alto
Solimões será contemplado porque é
uma região prioritária definida pelo
Ministério da Integração Nacional,
já que são municípios com baixo
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), e
porque abriga uma grande população
indígena. Segundo a Organização
Geral dos Professores Ticuna Bilíngües
(OGPTB), existem no Brasil 50 mil indígenas
dessa etnia, concentrados todos naquela. Ela abrange
nove municípios do Amazonas e faz fronteira
com a Colômbia e o Peru.
O Ministério
do Trabalho e Emprego dispõe de R$ 2 milhões
para a construção de um centro para
a juventude e o oferecimento de cursos de qualificação
profissional a 500 jovens indígenas do Alto
Solimões. Segundo Jorge Guimarães,
o consórcio deverá começar
a funcionar em três meses.
Tanto Jorge quanto
Cristiane citaram a ocorrência de suicídios
entre os jovens indígenas do Alto Solimões
como indício de que essa população
está sem perspectivas. "Realmente é
verdade. O suicídio acontece por o jovem
estar drogado, sem apoio das instituições
federais", comentou Afonso Fideli, da etnia
Ticuna, morador da comunidade Umariaçu, em
Tabatinga.
Os
três estão reunidos no município
para participar do "Seminário Políticas
Públicas para a Calha do Amazonas/Solimões",
promovido pelo Projeto Manejo dos Recursos Naturais
da Várzea (ProVárzea/Ibama), que faz
parte do Programa Piloto para Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), coordenado
pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e
financiado pela cooperação internacional.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi