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SUSTENTABILIDADE SE CONSTRÓI
EM PARCERIA COM AS COMUNIDADES, DIZ MARINA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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18/08/2005 - A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, participou hoje
de encontro com educadores da estratégia
de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS)
do Banco do Brasil, em Brasília. Durante
sua palestra, a ministra destacou que o desafio
dos educadores é auxiliar as comunidades
a encontrarem soluções para seu desenvolvimento
social e econômico com base nas possibilidade
de cada região.
Além disso, conforme Marina Silva, essas
soluções não podem ser apresentadas
pelos educadores, mas sim elaboradas em conjunto
com as comunidades. Ser paternalista ou provedor
de recursos não é uma solução
duradoura. É preciso avaliar como se pode
contribuir para o crescimento e a recuperação
da autoestima das populações menos
favorecidas , disse.
De acordo com a ministra, a base do desenvolvimento
sustentável está no conceito de que
é necessário reavaliar nossos modos
de produção e consumo para que não
comprometam as possibilidades das gerações
futuras. No entanto, ao longo do tempo a sociedade
teria descartado o sentimento de processo para a
evolução da raça humana. Tudo
é muito imediatista , disse. Segundo Marina
Silva, é preciso que se construa a partir
de agora, no presente, a sociedade que se quer no
futuro. Estamos sacrificando riquezas ambientais
de milhares de anos pelo lucro de algumas décadas
.
Marina Silva citou, ainda, a importância do
Protocolo Verde, com o qual os bancos podem exigir
licenciamento ambiental para a aprovação
de financiamentos para obras e outros empreendimentos.
Grande parte da floresta amazônica foi derrubada
ilegalmente com financiamentos bancários.
Para a ministra, esse modelo precisa acabar. A sociedade
não pode continuar financiando a destruição
ambiental com o pagamento de impostos , disse.
Conforme informações do Banco do Brasil,
a estratégia DRS já teria chegado
a 642 municípios das regiões Norte,
Nordeste, nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e
na Bacia do Rio Itabapoana. Cerca de 42,5 mil famílias
estão envolvidas. O trabalho prevê
a elaboração de diagnósticos
e de planos de negócios, que orientam o desenvolvimento
da produção. Mais de 200 planos já
teriam sido aprovados, envolvendo R$ 110 milhões
em crédito para custeio, investimento e capital
de giro.
Os empreendimentos apoiados têm como base
as vocações locais e respeitam o tripé
da sustentabilidade, devem ser economicamente viáveis,
socialmente justos e ambientalmente corretos, além
de observar a diversidade cultural. A maioria das
atividades até agora identificadas estão
ligadas ao agronegócio, a exemplo das cadeias
da apicultura, mandiocultura, ovinocaprinocultura,
açaí, cupuaçu, feijão
caupi, biodiesel e pesca artesanal. Outras referem-se
ao comércio, serviço e indústria
de artesanato, turismo e reciclagem, entre outros.
O secretário de Desenvolvimento Sustentável
do MMA, Gilney Viana, também participou do
encontro. Mais informações sobre o
DRS em www.brasil.gov.br/emquestao/eq336.htm
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom