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GOVERNO DE PERNAMBUCO DECIDE
DAR APOIO FINANCEIRO AO PROJETO DE INTEGRAÇÃO
DO RIO SÃO FRANCISCO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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O governador de
Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, assinou hoje (1º)
um documento se comprometendo a investir nas obras
de integração do rio São Francisco
a outras bacias do Nordeste. Vasconcelos é
o quarto governador a assinar o termo de compromisso.
Também se comprometeram com as obras, os
governos do Ceará, Rio Grande do Norte e
Paraíba já assinaram o acordo de apoio.
O texto assinado, no entanto, não define
os valores que serão investidos por cada
estado.
O ministro da Integração
Nacional, Ciro Gomes, avalia que o acordo com os
quatro estados "viabiliza as etapas finais
das providências legais e jurídicas"
para que o projeto seja executado. Segundo ele,
faltam apenas a licença ambiental do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e a permissão definitiva
da Agência Nacional de Águas para que
o plano de integração seja posto em
prática.
O estado de Pernambuco
receberá um terço da água desviada
caso o projeto seja executado, afirmou o ministro.
De acordo com ele, a região do agreste disponibiliza,
por habitante ao ano, 400 metros cúbicos
de água, sendo que o mínimo previsto
pela Organização das Nações
Unidas (ONU) para a sustentabilidade da vida é
de 1.500 metros cúbicos.
Segundo Ciro Gomes,
os estados de Minas Gerais e Bahia ainda demonstram
posições críticas ao projeto,
enquanto Sergipe se mantém totalmente contra
a medida. "O governador da Bahia qualificou
a crítica, mas o nível de agressividade
e falta de objetividade do governador de Sergipe
prejudica a região", explicou.
Ciro garantiu que
a obra tem condições de ficar pronta
em 24 meses e que atingirá 12 milhões
de pessoas dos estados de Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte e Ceará. Ressaltou, ainda,
que o custo do projeto é pequeno em relação
ao orçamento do ministério."Como
há essa resistência de questões
burocráticas, meu medo é não
ter tempo de gastar todo o dinheiro que temos, que
são 800 milhões", afirmou.
Caso o projeto seja
concluído, explicou o ministro, será
operado por uma subsidiária da Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf)
com autonomia administrativa e financeira. Cada
um dos estados da bacia receptora decidirá
se constituirá uma empresa própria
para receber e distribuir a água do projeto,
ou se transferirá essa tarefa à subsidiária
da Chesf.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Karina Cardoso