|
MARANHÃO DEVE AGIR
PARA EVITAR DESERTIFICAÇÃO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
|
 |
O Maranhão,
mesmo não sendo caracterizado como uma área
de semi-árido, tem grandes chances de desenvolver
o problema. "A situação não
é tão grave quanto no Ceará
e Rio Grande do Norte, por exemplo, mas o custo
da prevenção será menor que
o de enfrentar os problemas provocados pela desertificação",
disse ontem o secretário de Recursos Hídricos
do Ministério do Meio Ambiente, João
Bosco Senra (na foto, à direita), na abertura
da 10ª Reunião de Países da América
Latina e Caribe da Convenção de Combate
à Desertificação das Nações
Unidas (UNCCD, sigla em inglês), em São
Luís.
De acordo com conceitos internacionais, uma área
pode se tornar desértica por razões
climáticas e também pela interferência
humana, com técnicas agrícolas inadequadas
e sobreexploração dos recursos naturais.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Othelino
Neto, ressaltou que, apesar da relativa abundância
de recursos hídricos, já há
indícios de semi-aridez em 45 municípios
maranhenses. "Estamos na Amazônia Legal
e, na maior parte dos municípios, os índices
pluviométricos estão bem acima do
restante do Nordeste", destacou. Segundo ele,
o estado tem participação ativa nas
ações da UNCCD, o que demonstra o
compromisso com a construção de um
novo modelo de desenvolvimento, sócio e ambientalmente
sustentável. "Essa luta começa
no momento em que assumimos a nossa realidade, de
um estado pobre e com elevados níveis de
degradação ambiental", observou
ele; Já Gregoire de Kalbermatten, secretário
da UNCDD, ressaltou a importância do Brasil
para o combate à desertificação
na América do Sul. "A convenção
representa a vontade da comunidade internacional
pela igualdade. Esta reunião estabelecerá
uma trilha nova e bem sucedida da implantação
da Convenção", disse. "A
América Latina e o Caribe ainda têm
uma chance de se salvarem destes efeitos",
completou.
Participam do encontro, até amanhã,
representantes de governos, de agências de
cooperação e financiamento e de entidades
civis de 31 países, que discutirão,
até amanhã, o combate à desertificação
e à pobreza associado ao desenvolvimento
sustentável. Entre os temas que serão
discutidos, está o Programa de Ação
Nacional de Combate à Desertificação
e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN-Brasil),
lançado em julho do ano passado pelo Ministério
do Meio Ambiente. Ao mesmo tempo, acontecerá
o Fórum de Organizações Não-Governamentais
de Combate à Desertificação
da América Latina e Caribe.
De acordo com Senra, o PAN-Brasil é amplo
e conta com a participação de outros
ministérios, como o da Reforma Agrária.
"Antes de 2003, ano da elaboração
do programa, só havia um técnico no
Ministério que trabalhava com a desertificação.
Hoje são 13 pessoas só para isso",
disse. "O tema da desertificação
não está mais restrito ao Governo
Federal, mas é também de todos os
governos estaduais", concluiu.
* com informações da assessoria de
imprensa do evento.
Fonte: MMA - Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom