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QUEDA DO DESMATAMENTO SE
DEVE A AÇÕES DO ESTADO E DA
SOCIEDADE, AVALIA MINISTRA
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2005
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, negou na manhã de
hoje que a tendência de redução
do desmatamento da Amazônia se deva ao desaquecimento
da agricultura. De acordo com a ministra, a queda
de cerca de 50% na área desmatada nos últimos
11 meses é resultado de ações
dos governos federais e estaduais, além da
sociedade.
Na semana passada,
a superintendente de Conservação da
organização não-governamental
World Wild Fund no Brasil (WWF-Brasil), Rosa Lemos
de Sá, afirmou que a diminuição
dos níveis de desmatamento foi conseqüência
do desaquecimento econômico registrado nos
últimos meses, particularmente à queda
do preço da soja.
A ministra não
concorda com a posição da WWF. "Atribuir
apenas à questão das commodities a
tendência de redução do desmatamento
é talvez subestimar o esforço que
vem sendo feito pelo estado brasileiro, pelas várias
organizações da sociedade, que participaram
de vários seminários junto com o Ministério
do Meio Ambiente", pontuou. "Além
de desconhecer uma estratégia que é
fundamental que é a do ordenamento territorial
e fundiário na Amazônia e a ferramenta
estruturante da criação de unidades
de conservação e homologação
de terras indígenas, que, com certeza, criaram
uma barreira na fronteira da utilização
predatória dos recursos."
Segundo Marina Silva,
a diminuição do desmatamento se deve
principalmente a ações como a criação
de unidades de conservação das florestas,
as parcerias com governos estaduais e a fiscalização
integrada com a Polícia Federal, a Polícia
Rodoviária, o exército e o Ibama.
Além disso, Marina Silva também afirmou
que a ação conjunta de 13 ministérios
colaborou para a queda do desmatamento.
A ministra ressaltou
também que um reaquecimento econômico
do setor agrário, principalmente a produção
de soja, não aumentará o desmatamento
na região Norte. "Nós entendemos
que existe um processo estruturante que está
em curso na Amazônia e este se refletirá
também na forma de ocupação
para produção de grãos, que
deve acontecer em bases sustentáveis",
disse a ministra.
Marina Silva participou
na manhã de hoje em São Paulo da abertura
do Programa de Formação de Líderes
Sindicais como Educadores Ambientais, uma iniciativa
conjunta de seu ministério com a Comissão
Nacional do Meio Ambiente, a Central Única
dos Trabalhadores (CUT) e a Federação
de Órgãos para Assistência Social
e Educacional (Fase, organização não-governamental
voltada para a promoção dos direitos
humanos).
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Fábio Calvetti