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AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA REDUZ NÚMERO DE VÍTIMAS DE CHERNOBYL PARA INCENTIVAR USO NUCLEAR

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Setembro de 2005

08-09-2005 - O Greenpeace acusou nesta quinta, dia 8, a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, sigla em inglês para International Atomic Energy Agency) de manipular os dados sobre as mortes relacionadas ao acidente nuclear de Chernobyl. Para a organização, a postura da IAEA é parte de uma manobra para incentivar o uso e o desenvolvimento da energia nuclear.

Em conferência no dia 5 de setembro em Viena, a IAEA apresentou relatório afirmando que o número de mortes causadas pela catástrofe nuclear de 26 de abril de 1986 na usina ucraniana de Chernobyl causou 56 mortes diretas (47 funcionários da usina e 9 crianças que morreram de câncer de tireóide). Ainda segundo a agência, cerca de 4 mil pessoas ainda deverão morrer de câncer devido à radiação liberada pelo acidente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), da ONU, produziu seu próprio relatório afirmando que as mortes poderiam ultrapassar 8 mil se fosse ampliado o campo de pesquisa. A OMS estimou que, entre 76 mil pessoas analisadas, houve 216 mortes até 1998, e não 56.


Ambos os relatórios apresentaram números muito menores do que os cerca de 150 mil divulgados pelo governo ucraniano após a tragédia. Segundo a IAEA, os pesquisadores que estimaram o número de mortos em cerca de dezenas de milhares exageraram. A agência afirma ainda que muitas enfermidades anteriormente descritas como decorrentes da explosão do reator de Chernobyl não podem ser atribuídas à radiação, sendo simplesmente conseqüência do equivocado e injustificado “estresse e temor irracional”.

Tanto a IAEA quanto a OMS não consideraram as 600 mil pessoas expostas diretamente à radioatividade liberada pelo acidente, entre elas 200 mil militares e civis enviados para limpar e reconstruir o local, além de moradores das áreas vizinhas ao acidente. Além disso, não foram analisados os centenas de milhares de europeus expostos a doses menores de radiação em conseqüência da nuvem de contaminação que se espalhou da usina nuclear de Chernobyl para a Europa.

“A IAEA está tentando reduzir os impactos de um dos mais sérios acidentes nucleares da história da humanidade. Trata-se de uma tentativa de minimizar os riscos da energia nuclear para possibilitar a construção de novos reatores”, disse Guilherme Leonardi, coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace.

Quando questionado sobre as confusas informações apresentadas na conferência, o presidente do Fórum de Chernobyl da IAEA, Burton Bennet, confirmou que “a informação de 4 mil vítimas foi uma estimativa infundada e muito drástica”. O relatório da OMS, que contou com sua participação, confirmou que “é improvável que o número real e preciso de mortes causadas por este acidente seja algum dia conhecido”.

"Nos aproximamos do aniversário de 20 anos do pior acidente nuclear do mundo e a IAEA assume uma postura de desrespeito com as vítimas e com a história ao divulgar relatório frágil, omisso e contraditório. São necessárias soluções concretas para os problemas e enfermidades causados pelo desastre de Chernobyl, além da garantia de que novos acidentes nunca mais ocorrerão, o que somente é possível com o banimento da energia nuclear", afirmou Leonardi.

É evidente que o material apresentado na conferência da IAEA não incluiu todas as comunidades atingidas. O Greenpeace pede que a ONU e a comunidade internacional corrijam com urgência essas omissões e retire da IAEA a responsabilidade por esses estudos em razão do seu claro posicionamento favorável à energia nuclear.

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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