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AUDIÊNCIA PÚBLICA
SOBRE GESTÃO DE FLORESTAS SERÁ
REALIZADA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2005
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05/09/2005 - Devido
ao feriado de 7 de Setembro, foi adiada para a terça-feira
da próxima semana (13) a audiência
pública com os ministros da Integração
Nacional, Ciro Gomes, e do Meio Ambiente, Marina
Silva, sobre formas de gestão de florestas
públicas para a produção sustentável.
A reunião, prevista inicialmente para esta
terça-feira (6), será realizada conjuntamente
pelas comissões de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), de Meio Ambiente,
Defesa do Consumidor e Fiscalização
e Controle (CMA) e de Assuntos Econômicos
(CAE), a partir das 9h30.
A matéria (PLC 62/05), de autoria da Presidência
da República, está sendo analisada
simultaneamente pelas três comissões,
tramita em regime de urgência e tem de ser
votada, no Senado, até o dia 1º de outubro.
Com base no artigo 64 da Constituição
Federal, se o projeto receber emendas, a Câmara
dos Deputados terá outros 10 dias para examiná-las.
Caso contrário, segue direto para sanção
presidencial.
Desenvolvimento
O projeto cria o Serviço Florestal Brasileiro
(SFB), subordinado ao Ministério do Meio
Ambiente. O órgão será responsável
pela gestão das florestas públicas
e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
(FNDC), que também está sendo instituído
pelo projeto. O objetivo do fundo é fomentar
o desenvolvimento de atividades sustentáveis
de base florestal no Brasil e promover a inovação
tecnológica do setor.
A discussão da matéria tem gerado
polêmica porque o projeto permite a exploração
privada das florestas públicas, por meio
de concessão, por até 40 anos. Mesmo
antes de o projeto ser votado nas comissões,
vários senadores têm ocupado a tribuna
do Plenário para criticar ou elogiar a proposta.
A senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA), relatora
na CMA, é favorável à matéria
e, segundo sua assessora de imprensa, não
pretende apresentar emendas ao texto aprovado na
Câmara dos Deputados. Na CAE, o relator é
o senador Jefferson Péres (PDT-AM) e na CCJ,
o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).
Apesar de o projeto prever que somente poderão
candidatar-se à concessão empresas
constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sede e administração no país,
alguns críticos acreditam que o projeto pode
beneficiar grandes madeireiros, além de não
criar mecanismos para proteger a Amazônia
da "cobiça internacional". Essa
é a opinião, por exemplo, do senador
Mozarildo Cavalcanti, para quem a proposta precisa
ser analisada com cautela e não em regime
de urgência.
Em discurso no Plenário, o parlamentar afirmou
que ainda que a lei a ser criada restrinja a concessão
da exploração a empresas brasileiras,
há o perigo da criação de "instituições
de fachada" para atender a interesses internacionais.
- Quem serão essas empresas? Serão
as multinacionais? Porque empresas brasileiras vão
se vender, servindo de fachada para a exploração
- disse Mozarildo, em discurso feito no Plenário
no dia 26 de agosto.
Fonte: Agência Senado (www.senado.gov.br)
Assessoria de imprensa