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EM TAPAJÓS, COMUNIDADES
FARÃO MANEJO MADEIREIRO EM GRANDE
ESCALA
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Setembro de 2005
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08/09/2005 – Ela
será a primeira floresta nacional (Flona)
do país onde as populações
residentes farão manejo madeireiro em grande
escala. Em Santarém (Pará), as comunidades
da Flona Tapajós devem iniciar o trabalho
em outubro. A iniciativa ocorrerá por meio
do projeto Ambé, apoiado pelo PróManejo/Ibama.
"O manejo acontecerá
em uma área não-populacional de até
200 mil hectares [a área total da Flona é
de 551.498 mil hectares]", contou Viviane Gonçalves,
coordenadora das ações do PróManejo
na Flona Tapajós. Essa iniciativa vai acontecer
por meio do projeto Ambé, apoiado pelo PróManejo/Ibama.
As associações
e cooperativas locais executarão a atividade
em caráter piloto – na Flona existem quatro
associações intercomunitárias,
nove associações comunitárias
e uma cooperativa. "O dinheiro da venda da
madeira vai para elas e para os fundos gerais que
elas mesmas criaram", explicou Gonçalves.
O PróManejo
é um subprograma do Programa Piloto de Proteção
das Florestas Tropicais Brasileiras (PPG7), criado
a partir da Eco-92 e mantido com verba da cooperação
internacional, majoritariamente alemã, e
sob a coordenação-geral do Ministério
do Meio Ambiente.
As ações
do PróManejo na Flona Tapajós se iniciaram
oficialmente em 1999. Hoje, estão envolvidas
400 das 1.100 famílias residentes na unidade
de conservação. "O que nós
temos desenvolvido são iniciativas de manejo
madeireiro e não-madeireiro em pequena escala.
O objetivo é melhorar a qualidade de vida
dos moradores e também gerar referências
para outras Flonas da Amazônia", pontuou
a coordenadora.
Entre essas atividades,
está a produção de óleos
essenciais (de copaíba e andiroba), destinada
para a indústria de cosméticos do
Rio de Janeiro; itens feitos com o chamado couro
ecológico produzido a partir da seringa,
vendidos para o mercado nacional e para turistas
locais; e a confecção de móveis
rústicos a partir de madeiras caídas,
que é comercializada principalmente na região
Sudeste.
"O projeto de
financiamento dessas três atividades termina
no ano que vem, mas acredito que elas já
conquistaram a autonomia", comentou Gonçalves.
O Ministério
do Meio Ambiente (MMA) afirma que está estudando
uma série de 15 indicadores para avaliar
o manejo das florestas. "Esse indicadores foram
criados no âmbito do Tratado de Cooperação
Amazônica. Até o final do ano, teremos
os indicadores validados", contou o diretor
de Florestas do MMA, Tasso Azevedo. "Um dos
indicadores interessantes é o numero de projetos
de manejo florestal certificados segundo padrões
sociais, ambientais e econômicos, reconhecidos
internacionalmente."
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi