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MANEJO DE LAGOS DIMINUI
A QUANTIDADE DE PESCADO, MAS AUMENTA A RENDA
DO TRABALHADOR NO MÉDIO SOLIMÕES
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Setembro de 2005
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10/09/2005 - Diminuir
a quantidade de peixe retirada dos lagos pode significar
aumento da renda do pescador. É o que ensinou
Miraílson de Souza, coordenador do Grupo
de Preservação e Desenvolvimento (GPD),
em entrevista ao programa Ponto de Encontro, da
Rádio Nacional da Amazônia. "Antes
uma família pescava dez tambaquis de um quilo
e ganhava R$ 70,00. Hoje pega dez tambaquis de cinco
quilos e consegue R$ 350,00", contou ele. O
antes e depois referem-se ao projeto "Manejo
de Lagos da Várzea de Tefé",
fruto de uma parceria entre o GPD e o Projeto Manejo
dos Recursos Naturais da Várzea (ProVárzea/Ibama).
Com finaciamento
de R$ 127 mil, o GPD está incentivando o
uso ambientalmente equilibrado (chamado "manejo")
de vinte lagos de Tefé, Alvarães e
Maraã, na região do Médio Solimões,
no Amazonas. São os ribeirinhos que vivem
em 16 comunidades (cerca de 350 famílias)
que decidem em quais lagos e em quais épocas
se pode pescar o tambaqui, além de definirem
a quantidade de peixe que pode ser retirada de cada
local. A parceria começou em 2003 e terminará
em novembro deste ano. "O projeto vai acabar,
mas já estamos avisando nas comunidades que
o trabalho continua", afirmou Miraílson.
O GPD surgiu na década
de 80, a partir do trabalho social da Igreja Católica,
com as comunidades eclesiais de base. Ele reúne
800 famílias de 24 comunidades dos três
municípios. O objetivo do grupo é
justamente preservar os lagos da região,
ameaçados pela pesca comercial predatória.
O ProVárzea/Ibama
é um subprograma do Programa Piloto de Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), financiado
com verba da cooperação internacional
e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi