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RODOVIA INTEROCEÂNICA
É PRIORIDADE PARA GOVERNO BRASILEIRO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005
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08/09/2005 - O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta
quinta-feira (8/9), em Puerto Maldonado (Peru),
da cerimônia de lançamento da pedra
fundamental da Rodovia Interoceânica, uma
das obras consideradas prioritárias para
a integração da infra-estrutura sul-americana.
Com 2.600 km de extensão total, a Rodovia
vai possibilitar o acesso do Brasil a três
portos do Oceano Pacífico (Ilo, Matarani
e San Juan), facilitando o escoamento de produtos
para o continente asiático e promovendo o
desenvolvimento econômico da região.
Além de oferecer uma alternativa a muitas
empresas brasileiras que podem se estabelecer futuramente
no seu entorno, como nos estados do Acre, Rondônia,
Amazonas e Mato Grosso, esta obra promove o aumento
da circulação de pessoas e mercadorias
em regiões muitas vezes remotas, criando
uma área de controle de fronteira e estimulando
o turismo.
O empreendimento prevê a construção,
operação e manutenção
de 1.009 km de estradas, e sua licitação
foi concluída no último dia 23 de
junho. Dois consórcios liderados por empresas
brasileiras foram os vencedores da licitação
internacional. A Odebrecht e suas parceiras peruanas
levaram dois dos três trechos licitados, e
serão responsáveis por 700 km da estrada.
Já o consórcio Intersur, que tem a
Andrade Gutierrez, a Queiroz Galvão e a Camargo
Corrêa, fará o outro trecho de 300
km.
O custo total da obra é estimado em US$ 810
milhões, dos quais US$ 700 milhões
receberão financiamentos internacionais.
Deste valor, US$ 420 milhões será
feito via PROEX – Programa de Financiamento às
Exportações, ou seja, o governo brasileiro
irá financiar as exportações
de bens e serviços brasileiros, como é
o caso das obras de engenharia, pagas em reais às
empresas brasileiras e financiadas, em dólares,
aos importadores.
Segundo a representante do Ministério no
Comitê de Financiamento e Garantia às
Exportações (COFIG), Maria da Glória
Rodrigues, projetos como esse envolvem centenas
de fornecedores, que vão de máquinas
e geradores de energia até uniformes de operários
e alimentos para o acampamento. “Cada empresa brasileira
que ganha uma licitação internacional
leva junto centenas de outras, muitas pequenas e
médias”, diz Maria da Glória. “Você
dá oportunidade de exportação
para um número enorme de empresas que, sozinhas,
não teriam condições de chegar
lá”, completa.
Essas exportações geram milhares de
empregos e receita no país e os gastos locais,
de cada uma das obras, são financiados com
fontes externas de recursos, em geral via Cooperación
Andina de Fomento (CAF). O Brasil só financia
a participação das empresas brasileiras.
É importante frisar também que esta
obra visa suprir um problema de logística
na América Latina, que há muito vem
limitando o incremento de trocas comerciais e de
serviços. Segundo Maria da Glória,
além de preferências tarifárias
e acordos comerciais importantes, é preciso
ter meios de transportar mercadorias para estimular
o intercâmbio entre os países e a Rodovia
Interoceânica é um meio de minimizar
este problema.
A rodovia estimulará também novos
projetos nas áreas agrícolas, de pecuária,
de manejo de florestas e na Zona Franca de Manaus,
nas regiões Norte e Centro-Oeste do país,
uma vez que agora há uma nova alternativa
para escoamento desses produtos.
A Rodovia Interoceânica é um dos mais
importantes projetos entre os 31 selecionados pelo
programa IIIRSA - Iniciativa de Integração
da Infra-estrutura da América do Sul, cujos
eixos de integração foram definidos
na Cúpula de Cuzco em dezembro de 2004.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento
Agrário (www.mda.gov.br)
Assessoria de imprensa (Camila Manfredini)