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TÉCNICO DIZ QUE
PRONAF NA AMAZÔNIA INCLUI DEMANDAS
DA REALIDADE LOCAL
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Setembro de 2005
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09/09/2005 – O Plano
Safra 2005/2006 traz mudanças exclusivas
para a linha de crédito do Pronaf Florestal
na Amazônia. "Nosso objetivo é
adequá-la à realidade da região,
para que ela consiga se tornar efetiva", informou
João Marcelo Intini, técnico da equipe
de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério
do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Entre as alterações
anunciadas, está a duplicação
do valor do teto de financiamento: de R$ 4 mil para
R$ 8 mil, para agricultores do grupo C (com renda
familiar anual entre R$ 2 mil e R$ 14 mil) e de
R$ 6 mil para R$ 12 mil, para famílias do
grupo D (com renda entre R$ 14 mil e R$ 40 mil por
ano). Sobe também o prazo para pagamento
nos contratos firmados com o Banco da Amazônia
(Basa): de 12 para 16 anos. Já nos contratos
firmados com o Banco do Brasil, as regras não
mudam.
"A atividade
de manejo florestal sustentável na Floresta
Amazônica necessita de um investimento maior
e mais demorado do que na Mata Atlântica,
na Caatinga ou no Cerrado", defendeu Intini.
"Nós
fortaleceremos também a presença da
Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]
no diálogo com os agentes financiadores.
Para assim atestar tecnicamente a viabilidade econômica
da atividade florestal e fornecer dados científicos
que assegurem que os extrativistas conseguirão
pagar o empréstimo."
Ele citou como exemplo
prático um encontro que ocorrerá em
Marabá, no Pará, entre as organizações
prestadoras de assistência técnica,
a Embrapa e o Banco da Amazônia. "As
entidades vão apresentar os projetos que
elaboraram, pleiteando financiamento do Pronaf Florestal,
já com as novas regras. A princípio,
não estabelecemos teto para financiamento
em cada região, dependerá da demanda",
contou Intini.
O Plano Safra 2005/2006
dispõe de R$ 9 bilhões em créditos
do Pronaf para todo o país. A estimativa
é que se utilize um R$ 1 bilhão em
serviços contratados na própria região
Norte. "A gente prefere não divulgar
qual a previsão de uso do Pronaf Florestal
na Amazônia, para não gerar expectativas
frutadas nem excesso de demanda", justificou
Intini.
No Plano Safra 2004/2005,
R$ 204 mil dos R$ 6,4 milhões investidos
no Pronaf Florestal vieram para a Amazônia.
No plano anterior, de 2003/2004, a linha de crédito
aplicou R$ 2,86 milhões em todo o país,
mas "nada foi usado na região".
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi