|
DADOS DO CONAB COMPROVAM
CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005
|
 |
(16/09/05) - Dados
da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab/Ministério
da Agricultura) desmentem um mito utilizado pelos
opositores do Plano de Prevenção e
Combate ao Desmatamento na Amazônia Legal.
Não é verdade que o combate ao desflorestamento
enfraquece a produção agrícola.
Mesmo com a redução de 50% no desmatamento
da floresta, verificada nos últimos doze
meses, a safra teve alta média de 13%, considerando
os nove estados da região, comparando as
safras de 2004-2005 e 2003-2004.
Os estados com melhor
produtividade foram Amazonas (27,1%), Tocantins
(26%) e Pará (22,5%). Atual campeão
do desmate, o Mato Grosso, mesmo com a queda de
38% na devastação, viu sua produção
agrícola crescer 11,9%. Em Rondônia,
foram 13,6%. “Fica provado que não há
relação direta entre contenção
do corte ilegal e queda na produção
agrícola, como alguns querem fazer crer”,
afirmou o diretor de Proteção Ambiental
do Ibama, Flávio Montiel.
Desmatamento – Entre
agosto de 2004 e mesmo mês de 2005, em relação
a igual período anterior, satélites
detectaram a redução de 21 mil km2
para 10.484 km2 no desmatamento na Amazônia
Legal. A queda se deu em oito dos nove estados da
região. No Maranhão, subiu 160%, mas
a extensão é pequena, 10,4 km2. O
Mato Grosso teve queda de 38% no corte ilegal, porém
desmatou muito mais, 6.701 km2. “Se por um lado
fica evidente o poder realizador quando existe vontade
política, por outro, controlar a devastação
continua um desafio “cultural” de proporções”,
diz Montiel.
Segundo o diretor,
o Poder Público terá de persistir
em seu papel regulador-fiscalizador das relações
legais, sociais e econômicas, em benefício
da proteção e do manejo inteligente
do ambiente. Como se viu, o cenário pode
ser mudado para melhor.
O Plano – Elaborado
por 13 ministérios, o Plano de Prevenção
e Combate ao Desmatamento na Amazônia Legal
emergiu do papel para a ação emergencial
de fortificar a fiscalização. Ela
começa pelo espaço, via satélite.
Pelo olhar eletrônico, a força-tarefa
de fiscais, policiais e militares se guia, chegando
de helicóptero, com força da lei,
às áreas mais inóspitas, como
na fronteira com Peru, onde combatem o tráfico
de mogno e cedro àquele país.
O apuro tecnológico
cresceu com a introdução de um radar
que continua operando em céu nublado, localização
georeferenciada e sensores aerotransportados. A
decisão de integrar os órgãos
fiscalizadores agravou a eficiência. Hoje
o intercâmbio de informações
e ações é pleno entre Ibama,
Polícia Federal, Exército, Polícia
Militar, Polícia Rodoviária Federal,
Polícia Militar Ambiental dos estados, Incra
e Ministério do Trabalho.
Juntos em 35 operações
nos últimos doze meses, aplicaram flagrantes
na floresta, em vistorias a serrarias, em barreiras
rodoviárias. Pararam desmates, recolheram
madeiras, apreenderam tratores e motosserras; desbaratam
corrupção de fiscais do Ibama associados
a madeireiros e fazendeiros, igualmente detidos
e multados (vide Operações Curupira);
verificaram ainda a real propriedade da terra.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Rubens Amador)