Na ação, para coibir a crueldade praticada
contra animais domésticos, foi constatada
a presença de várias pessoas no interior
de um galpão, umas apostando e outras arbitrando,
além dos que participavam apenas como expectadoras
das brigas de galos. Foram encontrados, também,
diversos viveiros para o acondicionamento das aves,
além de cronômetros, balança
de pesagem de galos, caderno de apostas, regulamento
de rinhas de galo, lousas para marcações,
esporas e bicos artificiais, capas para envolver
os animais, caixas de transporte, malas de remédios
e outros materiais, utilizados nas rinhas.
Nas rinhas, os galos são
preparados para a briga, recebem esporas e bicos
artificiais e são estimulados a se atacarem
mutuamente, até que uma das aves “entre
em óbito” ou que seu proprietário
desista da luta e perca as apostas que havia feito.
Enquanto as brigas ocorrem, os presentes se divertem,
promovendo algazarras, torcendo por determinado
animal, ao mesmo tempo em que fazem apostas que,
nesse caso,segundo informações obtidas,
variavam de R$ 10,00 a R$ 100,00. O uso de bebidas
alcoólicas é comum, como demonstra
a existência de um bar no local.
A conduta ilegal dos envolvidos
está prevista no artigo 32 da Lei Nº
9605/1998, inclusive com as agravantes que dispõe
o artigo 15 do mesmo diploma legal, pois a prática
da rinha tinha por objetivo a obtenção
de vantagem financeira. No local foram apreendidos
101 galos que, para desencorajar a prática
desse tipo de competição ilegal,
foram encaminhados ao Bosque Municipal de Ribeirão
Preto para ser utilizados como alimentação
dos animais carnívoros mantidos no zoológico.