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CONSULTAS PREPARAM NOVO
MODELO DE DESENVOLVIMENTO PARA O PARÁ
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005
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21/09/2005 - Esta
semana ocorre no Pará uma série de
consultas públicas para a criação
de parques e reservas na área da rodovia
BR-163 (Cuiabá/MT - Santarém/PA).
O objetivo é discutir com a sociedade, governos
e setores produtivos as bases para um novo modelo
de desenvolvimento para a região. A primeira
consulta foi realizada na última sexta-feira
(16), em Belém, na Agência de Desenvolvimento
da Amazônia (ADA). Ontem (20), ocorreu o segundo
encontro público, em Novo Progresso. As próximas
consultas acontecem nesta quinta-feira (22), na
Área de Lazer dos Cabos e Soldados de Itaituba,
e na sexta-feira (23), na prefeitura de Jacareacanga.
Em Belém, representantes da sociedade civil
e de organizações não-governamentais
fizeram intervenções e parrticiparam
diretamente do processo de criação
de 7.369.575 hectares de novas unidades de conservação
naquele estado. A proposta do Governo Federal inclui
a criação das florestas nacionais
de Trairão (487.398 ha), do Amaná
(545.307 ha), do Crepori (741.754 ha), do Jamanxim
(1.358.485 ha) e do Iriri 441.954 ha), da Área
de Proteção Ambiental Tapajós
(2.221.438 ha), dos parques nacionais do Jamanxim
(866.731 ha) e do Rio Novo (530.345), e ainda a
ampliação do Parque Nacional da Amazônia
(mais 176.163 ha) (foto).
Na consulta, o secretário de Biodiversidade
e Florestas do Ministério do Meio Ambiente,
João Paulo Capobianco, lembrou ações
do Governo Federal para ao desenvolvimento sustentável
da Amazônia, como os planos de Ação
para Prevenção e Controle do Desmatamento
na Amazônia, Amazonia Sustentável (PAS)
e BR-163 sustentável. "Os esforços
do governo estabelecerão condições
para que a região seja benefiada por políticas
públicas que tragam desenvolvimento e preservação",
explicou.
O secretário de Meio Ambiente do Pará,
Gabriel Guerreiro, explicou o trabalho de macrozoneamento
da região da BR-163, que teria fixado em
35% as fronteiras abertas. "O modelo puramente
extrativista não deu certo. Nosso estado
tem hoje 50% da população na linha
da pobreza. Um novo modelo, acertado na Rio-92,
garantirá uma Amazônia sustentável,
que não reproduza a miséria",
disse.
Também participaram da consulta representantes
de ministérios como do Desenvolvimento Agrário,
da Integração Nacional e das Minas
e Energia, membros do Grupo Permanente de Trabalho
Interministerial para Redução dos
Índices de Desmatamento na Amazônia.
Membros de setores agropecuários e mineradores
questionaram e fizeram sugestões à
criação das áreas protegidas.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom