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DIA DA ÁRVORE É
COMEMORADO COM PLANTIO DE MUDAS CARACTERÍSTICAS
DA MATA ATLÂNTICA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2005
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20/09/2005 - As
imensas áreas desmatadas mostram que o Brasil
está longe de conciliar progresso econômico
com preservação. Para ambientalistas
e pesquisadores, conscientização e
ação são os aliados no combate
ao desmatamento desenfreado das florestas entre
elas a Mata Atlântica. Em Sergipe, a Mata
Atlântica representa, atualmente, menos de
5% da área do Estado. Na época do
Descobrimento do Brasil, este percentual era de
40%.
No Dia da Árvore,
comemorado em 21 de setembro, a Embrapa Tabuleiros
Costeiros (Aracaju - SE), unidade da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Abastecimento e Pecuária,
fará a doação de 15 mudas de
espécies características da Mata Atlântica
que serão plantadas no pátio da Escola
Estadual Juscelino Kubistchek - localizada na avenida
L, s/n, conjunto João Alves Filho, em Nossa
Senhora do Socorro - SE - dando início ao
projeto de arborização do local, a
partir das 16h.
A Unidade foi convidada
pela Unidade Operacional Sesc/Socorro para participar
do projeto “Sesc preservando o Meio Ambiente”, que
tem o objetivo de despertar o interesse dos estudantes
e comunidade local para proteção ambiental.
Serão plantadas mudas de oitis, sucupiras,
jatobás e ipês. “Tais espécies
e muitas outras ainda são pouco conhecidas
da sociedade.
Este desconhecimento
faz com que as pessoas não se atentem para
a importância de proteger a cobertura florestal
que ainda nos resta”, informa a pesquisadora Salete
Alves Rangel. Além de auxiliar no plantio,
a pesquisadora fará uma apresentação
para cerca de 300 alunos sobre os benefícios
e a necessidade de preservar o meio ambiente.
Um dos maiores fragmentos
remanescentes da Mata Atlântica em Sergipe
é a Mata do Crasto em Santa Luzia do Itanhy.
Com cerca de mil hectares de área nativa,
ela é considerada reserva ecológica.
“Muricis, ipês, jatobás, aroeiras,
biribas são algumas das espécies mantidas
no local graças à conscientização
ambiental dos proprietários que se atentaram
para esta questão há muitos anos”,
observa Salete Rangel.
Em contrapartida,
a pesquisadora cita um péssimo exemplo de
exploração da Mata Atlântica
no Estado. Na Mata do Junco, em Capela, as árvores
viram lenha para o consumo doméstico e para
abastecer os fornos de padarias e olarias. “Não
é difícil ver caminhões saindo
constantemente do local. A população
tem que se conscientizar e agir.
Os órgãos
fiscalizadores não possuem pessoal suficiente
para fiscalizar. Quando chegam a ser multados, os
infratores, na maioria das vezes, conseguem burlar
a lei. É preciso que sociedade conheça
o seu ‘patrimônio verde’ para preservá-lo”,
afirma Salete Rangel.
Exposição
A Mata Atlântica
também será abordada na Mostra Ecológica
que acontecerá na sede do Sesc/Socorro, (avenida
Principal, 675, Conjunto João Alves Filho)
no dia 22 de setembro, das 9h às 16h. A Embrapa
Tabuleiros Costeiros, uma das entidades convidadas
para participar do evento, apresentará os
resultados de pesquisa sobre curadermite, variedades
de milho e controle biológico da broca-do-olho
do coqueiro.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Gislene Alencar)