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REGENARAÇÃO
NATURAL É UTILIZADA PARA RECUPERAR
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
E RESERVAS LEGAIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2005
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21/09/2005 - Com
objetivo de recuperar as Áreas de Preservação
Permanentes (APPs) e a Reservas Legais (RLs) para
que elas possam cumprir seus papéis ecológicos,
a Embrapa Florestas (Colombo- PR), Unidade da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, utiliza técnicas regeneração
natural induzida que, além de inovadoras
e econômicas, trazem resultados ambientais
superiores, uma vez que tendem a reproduzir de maneira
mais rápida e fiel a forma e a função
dos ambientes originais.
Essas ações
fazem parte do projeto “Desenvolvimento de Técnicas
Naturais e de Baixo Custo para a Recuperação
da Cobertura Florestal de Pequenas Propriedades
Rurais”, que a Embrapa Florestas está desenvolvendo
em parceria com a Universidade Federal do Paraná
(UFP), Sociedade Fritz Müller de Ciências
Naturais e o Museu Botânico de Curitiba.
Essas técnicas
estão substituindo os métodos tradicionais
utilizados na recuperação de coberturas
florestais, como o plantio de mudas ou o simples
abandono da área, que apresentam algumas
limitações e, por isso, nem sempre
são os mais adequados. No caso do plantio
de mudas, por exemplo, a disponibilidade de mudas
de espécies nativas ainda é restrita,
resultando em plantios pouco representativos da
diversidade original.
Além disso,
apresenta um custo relativamente elevado para a
produção e plantio das mudas, sejam
eles de responsabilidade do produtor ou do Governo.
E a regeneração natural, produto esperado
com o abandono da área, é lenta e,
dependendo da situação do banco de
sementes e da distância da fonte de propágulos
mais próxima, o processo pode ficar comprometido.
De acordo com a pesquisadora
Sandra Bos Mikich, coordenadora do projeto, as áreas
recuperadas com o uso de técnicas de regeneração
natural passam a funcionar como abrigo e corredor
para a fauna, atuando na manutenção
do ecossistema através de dispersão
de sementes e controle biológico de pragas.
“Estas técnicas
de recuperação de áreas degradadas
deverão trazer inúmeros benefícios
ambientais, além de uma redução
dos custos da recuperação em si e
da produção no tocante ao controle
de insetos e pragas, principalmente para o pequeno
agricultor, contribuindo para a competitividade
e a sustentabilidade da atividade agropecuária
no país” explica a pesquisadora.
A área piloto
do projeto está localizada no centro-oeste
do Paraná, mas, segundo Sandra, os resultados
podem ser aplicados em qualquer região, inclusive
em outros países. Maiores informações
poderão ser obtidas pelo telefone (41)3675-5743
ou pelo e-mail mariah@cnpf.embrapa.br
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa