- É falsa a afirmação
da administração Bush para o público
de que o papel das armas nucleares está
sendo enfraquecido.
- Armas nucleares podem ser
usadas em crises menos intensas do que as consideradas
anteriormente, incluindo conflitos convencionais.
- Está sendo desfeita
a distinção entre forças
tradicionais e armas nucleares, que estão
sendo integradas ao armamento usual.
- O propósito principal
de mísseis de defesa é proteger
militarmente forças não-civis.
- Alguns comandantes acreditam
que não existem as ameaças usadas
como justificativas para a nova política
nuclear.
- Existem divisões internas
sobre a legalidade da nova doutrina nuclear.
Por um lado, o documento conclui
que os Estados Unidos são legalmente livres
para usar preventivamente as armas nucleares se
desejarem. Entretanto, o texto revela um debate
entre diferentes comandos sobre a legalidade de
diversos tipos de alvos para armas nucleares.
“Esse documento arrepia qualquer
um. Ele mostra que os cargos mais altos do Pentágono
têm mudado sua maneira de pensar e agora
vêem armas nucleares não mais como
último recurso, e sim como armas comuns
à disposição para qualquer
conflito”, afirmou Guilherme Leonardi da campanha
antinuclear do Greenpeace.
No Brasil, o Governo Federal
mantém um Programa Nuclear com um lado
militar e outro civil. Está na mesa do
presidente Lula para aprovação um
plano que custaria mais de R$ 30 bilhões
até 2022 e prevê a construção
da usina nuclear de Angra 3, assim como outras
seis usinas de grande e pequeno porte. O novo
programa sugere que a contribuição
da energia nuclear na matriz energética
brasileira passe dos atuais 1,5 a 2% para 5%,
o que seria praticamente triplicar o volume de
energia nuclear no País. Além de
dar continuidade à construção
de um submarino nuclear e de um projeto de enriquecimento
de urânio.
O Greenpeace defende o fim da
ameaça nuclear e um mundo livre de armas
nucleares de destruição em massa.
“O que está acontecendo nos Estados Unidos
é prova de que a energia atômica
pode ser utilizada com objetivos diferentes daqueles
para os quais foi desenvolvida. Com a descoberta
desse documento do Pentágono, fica evidente
que o Programa Nuclear Brasileiro possibilita
a tomada de decisões inaceitáveis
e perigosas para toda a humanidade”, acrescentou
Guilherme Leonardi. “Para garantir um futuro pacífico
e sustentável é fundamental o compromisso
de desarmamento da nação com o maior
arsenal nuclear do planeta, os Estados Unidos”.