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ESTUDO CONSTATA SITUAÇÃO PRECÁRIA DO SANEAMENTO BÁSICO NA BACIA DO XINGU NO MATO GROSSO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2005

29/09/2005 - No dia 21 de outubro, em Sinop (MT), está prevista a realização de um seminário em que o estudo será apresentado e discutido por técnicos, prefeitos e representantes de entidades civis. A pesquisa foi articulada por organizações que participam da campanha ‘Y Ikatu Xingu, que tem o objetivo principal de proteger e recuperar as nascentes e as matas ciliares do rio Xingu no Mato Grosso. Na região, sobretudo no Parque Indígena do Xingu, já foram registrados casos de intoxicação e mortandade de peixes por contaminação da água dos rios.

A situação do saneamento básico em 14 cidades da Bacia do rio Xingu no Mato Grosso é bastante precária e demanda investimentos, segundo diagnóstico concluído pelo Ministério das Cidades (MC), neste mês. No dia 21 de outubro, em Sinop (MT), está prevista a realização de um seminário em que o estudo será apresentado e discutido por técnicos, prefeitos e representantes de organizações da sociedade civil. Durante o evento, também serão debatidas as propostas e possíveis estratégias comuns entre governos federal, estadual e municipais para atender as demandas de saneamento ambiental na região.

A pesquisa foi articulada por organizações que participam da campanha ‘Y Ikatu Xingu, que tem o objetivo principal de proteger e recuperar as nascentes e as matas ciliares do rio Xingu no Mato Grosso, e pode ser considerada um dos primeiros resultados concretos da mobilização. Na região, sobretudo no Parque Indígena do Xingu, já foram registrados casos de intoxicação e mortandade de peixes por contaminação da água dos rios. Daí a preocupação da campanha com o problema do saneamento.

Iniciado em junho, o estudo do MC abarcou Sinop e mais treze municípios com sede urbana dentro da Bacia do Xingu, abrangendo juntos uma população de cerca de 207 mil pessoas: Canarana, Querência, Feliz Natal, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu, Marcelândia, Cláudia, Santa Carmem, Santo Antônio do Leste, União do Sul, Gaúcha do Norte, Nova Ubiratã e Ribeirão Cascalheira.

Entre outras conclusões, a pesquisa revela que só uma cidade, Sinop, possui aterro controlado para lixo, e mesmo assim ele é deficiente. Os outros municípios fazem a coleta, mas depositam seus detritos a céu aberto e sem nenhum procedimento especial. Além disso, em apenas três localidades - Gaúcha do Norte, Nova Ubiratã e Ribeirão Cascalheira – está sendo implantado sistema de tratamento de água e somente em Cláudia existe rede de esgoto, mas a sua manutenção foi classificada de inadequada. Para todos os municípios, foi indicada a necessidade de melhorias físicas e capacitação do corpo técnico dos servidores responsáveis pelo sistema de saneamento básico.

A boa notícia é que em nenhum dos municípios analisados foi identificado um índice abaixo de 67% da população urbana atendida por sistema de abastecimento de água. Este indicador varia de 67,9%, em Feliz Natal, até 100%, em Gaúcha do Norte. O estudo aponta ainda a necessidade de ampliação imediata do sistema de captação e distribuição de água na maior parte das localidades.

Segundo o levantamento, com exceção de Cláudia, todas as outras cidades utilizam fossas individuais e seria bom realizar um estudo mais aprofundado sobre a coexistência entre elas e poços artesianos. No caso da munutenção deste tipo de sistema, seria necessário que as prefeituras estruturassem serviços públicos de limpeza e coleta do lodo das fossas. Em Sinop, por causa do tamanho da população, é urgente a implantação de uma rede de esgoto.

Em relação ao escoamento de águas pluviais, em seis sedes municipais não existe sistema de drenagem e, nos outros locais, a cobertura deste tipo de infra-estrutura varia entre 10% e 50% da área urbana, mas ela é precária. O problema é considerado grave porque existem processos adiantados de erosão na região e também vários casos de alagamento de ruas.

“Assim como na maioria dos municípios da Amazônia, a situação do saneamento é dramática na Bacia do Xingu. O problema não afeta apenas a saúde da população, mas também o meio ambiente”, explica Daniela Jorge de Paula, assessora e analista socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA), uma das organizações integrantes da campanha ‘Y Ikatu Xingu. Ela explica que hoje há um clima de diálogo entre os municípios e o governo federal para resolver o a questão na Bacia do Xingu no Mato Grosso de maneira compartilhada. “Isto é muito positivo e deverá resultar em ações concretas”.

Fonte: Instituto Socioambiental (www.isa.org.br)
Assessoria de imprensa (Oswaldo Braga de Souza)

 
 
 
 

 

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