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FUNAI PROMOVE ENCONTROS ENTRE JOVENS INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005

27/09/2005 - A Coordenação Geral de Educação da Funai (CGE) programou, para outubro, encontros de jovens indígenas em Água Boa (MT), Gurupi (TO), Chapecó (SC) e Cuiabá (MT), com a participação das etnias Xavante, Javaé, Kaingang, Guarani, Umutina, Chiquitano, Bakairi e Bororó. A Funai já havia realizado quatro encontros, entre os dias 5 e 13 de setembro, nas Terras Indígenas (T.I) Barata, Malacacheta e São Marcos e na cidade de Boa Vista, em Roraima. Cerca de 475 adolescentes indígenas das etnias Macuxi, Wapixana e Tauperang debateram sobre problemas como o alcoolismo, o consumo de drogas e a prostituição, além de desenvolveram atividades em grupo.

“O objetivo é colocar em pauta as dificuldades enfrentadas por jovens que mantêm contato freqüente com as cidades, para que eles possam refletir sobre a questão indígena, suas conquistas e seus planos. Temas como consumo de drogas, prostituição e gravidez precoce foram sugeridos por eles e eu procurei enfatizar a discussão sobre o uso indevido do álcool, que vem afetando a vida de diversas aldeias no Brasil”, explica Lígia Gomes, cientista social e membro da equipe da Coordenação Geral de Educação, responsável pelo trabalho na área de educação complementar à escola para jovens e adolescentes indígenas, implementado pela Funai no início de 2004. “Muitas vezes esses jovens buscam uma organização e nós devemos incentivar que isso aconteça. Na Malacacheta, por exemplo, eles já se reúnem e pensam em trocar experiências com outras comunidades”.

Os encontros realizados nas T.I Barata, Malacacheta (a primeira ao norte e a segunda a cerca de 100 km de Boa Vista) e São Marcos (já na divisa do Brasil com a Venezuela) debateram também sobre o futuro desses jovens nas comunidades indígenas. “Eles têm uma preocupação muito grande em manter os costumes e a cultura, mas não querem se fechar para o novo. Ao desenvolverem os estudos nas escolas, buscam outras formas de inserção na vida produtiva das comunidades que não o trabalho nas roças. Geralmente, eles querem atuar como funcionários em postos médicos ou escolas, mas isso freqüentemente não ocorre e muitos deles acabam ficando deslocados, sem perspectivas, ou saem em busca de emprego nas cidades”, diz Lígia.

A educação indígena foi apontada pelos jovens como uma importante conquista. Roraima é um dos estados mais avançados nessa área e hoje conta com 32 das 53 escolas indígenas com ensino médio que existem no Brasil. A homologação de terras e o fornecimento de luz elétrica em algumas comunidades também foram citados como conquistas. Para o futuro, os jovens esperam discutir e implementar atividades produtivas e atividades complementares à escola, como oficinas de música, dança, artesanatos e esportes e, no caso do encontro na Malacacheta, os índios discutiram a possibilidade de criação de um regulamento para a comunidade. Na Barata, a reciclagem do lixo, a criação de uma biblioteca e água potável para todos são alguns dos próximos passos para o bem-estar das aldeias.

O trabalho da CGE na área de educação complementar à escola teve início no primeiro semestre do ano passado com a capacitação dos técnicos das Unidades Regionais. Um dos objetivos do trabalho é percorrer todo o país para discutir a necessidade de organização e de reflexão sobre a questão indígena atual, bem como fazer um diagnóstico preliminar sobre a situação da juventude indígena no Brasil. Com isso, a CGE da Funai já realizou cerca de 30 encontros, com a participação de mais de três mil pessoas de pelo menos 30 etnias diferentes.

Jovens indígenas da cidade

O encontro entre os jovens indígenas de Boa Vista foi o menor de todos e reuniu apenas 20 pessoas, entre universitários indígenas, membros da Pastoral Indígena da Cidade (PIC), do Conselho Indigenista de Roraima e da Organização dos Professores Indígenas de Roraima (OPIR). “Apesar de pequeno, o encontro foi uma oportunidade para que esses jovens ouvissem e falassem sobre os direitos indígenas. Eles querem mudar a mentalidade de que o índio que mora na cidade deixou de ser índio. Sofrem o preconceito da sociedade envolvente e dos próprios indígenas por terem deixado as aldeias”, afirma Lígia. O grupo quer preservar a cultura e mostrar que, mesmo vivendo na cidade, mantém a identidade indígena.

Fonte: FUNAI – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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