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IBAMA E BOMBEIROS MANDAM
REFORÇOS PARA COMBATER INCÊNDIO
NO ACRE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005
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(28/09/05) - Dois
aviões partem de Brasília nesta quarta-feira
(28/09), rumo ao Acre, levando 150 homens do Corpo
de Bombeiros do Distrito Federal e mais 20 especialistas
em técnicas de combate ao fogo do Prevfogo,
do Ibama. Eles viajam para ajudar a debelar o incêndio
florestal no estado, cujo estopim, ao que tudo indica,
parece ter sido aceso por agricultores. Alguns teriam
ignorado portaria do Ibama e do Governo do Acre
que proíbe a queima de roçados nesta
época de seca, começando com fósforos
o que continua com a decretação pelo
governador do Estado de emergência em 12 cidades,
morte de 30 crianças com problemas respiratórios,
civis adultos queimados em hospitais, fechamento
do aeroporto de Rio Branco etc.
A fumaça é
um fantasma nas estradas, aonde bombeiros e brigadistas
trafegam com pressa e cuidado ao encontro de labaredas
que lembram, em extensão, as Muralhas da
China. Os homens avançam por um cemitério
a céu aberto de macacos, pacas, tatus, preguiças,
cotias, jabutis. “Por mais que monitoremos e fiscalizemos
os incêndios, tudo será inócuo
se não mudarmos a cultura que vê na
queima um benefício. Por isso, é vital
incrementar o trabalho educativo das populações
rurais, ensinando a elas outras possibilidades de
tratarem a terra ou de se verem livre de roçados”,
afirma o diretor do Prevfogo (Ibama), Heloíso
Figueiredo.
Mesmo com o Acre
ardendo, há gente que continua queimando
roçados. A afronta é tamanha que policiais
e fiscais sobrevoam a região em helicópteros,
com duas missões: averiguar o quadro geral
e prender quem insiste na queima ilegal. No Acre,
o fogo se voltou contra os prováveis causadores.
As chamas inicialmente atingiram áreas públicas,
como a reserva extrativista Chico Mendes, mas invadiram
propriedades particulares e estão matando,
juntamente com plantações, pasto,
bois, vacas e ovelhas, um pedaço importante
da economia regional.
O monitoramento dos
focos de calor é permanente, como o sol.
Satélites fotografam campos, matas e florestas.
Os dados são compartilhados pelo governo
federal com administrações estaduais
e municipais, com órgãos do Comitê
Social de Combate a Incêndio nos estados e
com os governos do Peru, Paraguai, Venezuela e também
a Bolívia, que neste momento também
sofre com incêndio florestal. Agentes Ambientais
Voluntários e brigadistas, formados pelo
Ibama, ensinam a comunidade a queimar com segurança.
O Governo Federal
está mobilizado, ao lado do Governo do Acre
e dos prefeitos dos municípios atingidos,
determinado a controlar a situação.
Entre outros, estão envolvidos na questão
Ibama, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Casa Civil
do Governo do Acre, Instituto Meteorológico
do Acre, Secretarias de Saúde e Educação.
Acrescente-se Ministério da Agricultura,
Polícias Federal e Rodoviária Federal,
Forças Armadas etc. A responsabilidade pelas
soluções não exclui o setor
privado, que pode ajudar de muitas formas, emprestando
helicópteros, por exemplo.
O Inpe e o Laboratório
Federal do Acre prevêem chuva brava só
na segunda quinzena de outubro. Facilitado pelo
efeito estufa e o aquecimento terrestre, o fogo
se tornou uma ameaça maior nos trópicos,
sobretudo nos meses de baixa umidade, e só
morre para valer (até renascer) com chuva,
muita.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Rubens Amador)