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POROROCA DA BIODIVERSIDADE
PROMOVE A CIÊNCIA EM BELÉM
Panorama
Ambiental
Belém (PA) – Brasil
Setembro de 2005
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29/09/2005 - Uma
exposição de estandes sobre biodiversidade,
fauna e flora amazônicas estará aberta
ao público no próximo domingo (02/10),
no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio
Goeldi (MPEG). Batizada de “Pororoca da Biodiversidade”,
a iniciativa é um componente do Prêmio
Márcio Ayres para Jovens Naturalistas e dará
suporte ao desenvolvimento de trabalhos de pesquisa
por alunos dos ensinos fundamental e médio
de Belém.
A Pororoca da Biodiversidade
abre no Pará a Semana Nacional de Ciência
e Tecnologia, promovida pelo Governo Federal, sob
a coordenação do Ministério
da Ciência e Tecnologia. A Semana, que este
ano tem como tema "Brasil, olhe para a água",
convoca a sociedade para conhecer e discutir a produção
científica e tecnológica gerada por
instituições de pesquisa de todo o
país.
Durante o evento,
além de visitar os estandes, os estudantes
poderão participar de jogos educativos e
desfrutar de cantinhos da leitura, sessão
de vídeos e trilhas ecológicas dentro
do Parque. “A Pororoca da Biodiversidade é
uma forma de facilitar o entendimento dos envolvidos
com o Prêmio sobre a diversidade de plantas
e animais da Amazônia. Além disso,
haverá pesquisadores, técnicos e educadores
tirando as dúvidas do público em relação
à biodiversidade e às metodologias
de pesquisa científica”, afirma Filomena
Videira Secco, coordenadora do Prêmio Márcio
Ayres.
Outra atração
da Pororoca será a exposição
da Coleção Didática do MPEG.
Semelhante a uma coleção científica,
ela representa todas as áreas de pesquisa
do Museu e pode ser não só observada
como manuseada.
“De maneira geral,
nós observamos que o jovem da Amazônia
desconhece as riquezas naturais que o rodeiam”,
comenta José Maria Cardoso da Silva, biólogo
paraense e vice-presidente de Ciência da organização
ambientalista Conservação Internacional.
"Como podemos ter adultos que saibam gerenciar
esses recursos quando não os preparamos desde
cedo para essa tarefa? Inspirado no legado de Márcio
Ayres, o Prêmio permite que jovens paraenses
tenham uma experiência científica e
desenvolvam uma atitude conservacionista".
Palestras e passeio
de barco – Dentro da programação do
Prêmio Márcio Ayres, estão incluídos
ainda outros eventos e atividades educativas. Hoje
(29), às 15h e 16h30m, acontecerão
as palestras “Estudos dos Peixes da Bacia Amazônica:
Diversidade e Pesca” e “Biodiversidade de Aves da
Amazônia”, respectivamente. Nos dias 04, 17
e 23 de novembro, pesquisadores do MPEG e da Conservação
Internacional falarão de temas como morcegos,
plantas e curiosidades da biodiversidade da Amazônia.
No dia 06 de outubro,
durante um passeio no “Barco da Ciência” pela
Baia de Guajará, pesquisadores e bolsistas
do Projeto PIATAM mar mostrarão a estudantes
a importância dos ecossistemas marinhos. Dentro
da embarcação, haverá uma mini-
exposição sobre o assunto e explicações
sobre a vegetação, os animais, os
diversos ambientes litorâneos, a formação
geológica e até a relação
entre populações pré-históricas
e recursos biológicos nesse tipo de ambiente.
“O Prêmio foi
muito importante não só pelo conhecimento
que eu adquiri como pelas informações
que eu posso repassar aos meus colegas. Ele mudou
a minha vida. Hoje, eu sou monitor ambiental no
Museu Goeldi e oriento o público a não
destruir o nosso patrimônio e a conservar
a natureza”, afirma Raimundo Oliveira Belém,
18 anos, estudante e vencedor da primeira edição
do Prêmio Márcio Ayres.
Prêmio - Promovido
desde 2003 pela parceria entre Museu Paraense Emílio
Goeldi (MPEG) e a organização ambientalista
Conservação Internacional (CI-Brasil),
o Prêmio Márcio Ayres visa estimular,
entre os estudantes dos ensinos fundamental e médio,
o interesse pela Ciência e a familiaridade
com as riquezas da Amazônia. Foi criado para
homenagear o biólogo paraense José
Márcio Ayres, falecido em 2003. Especialista
em primatas, o pesquisador é reconhecido
mundialmente pela relevante atuação
na área de conservação dos
ecossistemas amazônicos.
Para concorrer, os
alunos de escolas públicas ou particulares
deverão entregar um artigo científico,
tendo um professor de sua instituição
de ensino como orientador. Para ajudar os interessados,
a organização do Prêmio irá
distribuir materiais impressos como o Manual do
Jovem Naturalista e o Guia do Educador. O prazo
final para a entrega dos trabalhos é 20 de
janeiro de 2006.
Uma grande novidade
da terceira edição é que a
premiação será feita em dinheiro.
Serão entregues para as equipes - de até
três alunos - do ensino fundamental os seguintes
valores: R$ 3.000 (três mil reais) para o
primeiro lugar; R$ 2.100 (dois mil e cem reais)
para o segundo e R$ 1.500 (mil e quinhentos reais)
para o terceiro. Já os trabalhos individuais
de estudantes do ensino médio receberão
R$ 2.000 (dois mil reais), primeiro colocado; R$
1.500 (mil e quinhentos reais) e R$ 1.000 (mil reais),
para o segundo e terceiro colocado, respectivamente.
Os orientadores dos primeiros lugares nas duas categorias
receberão computadores e certificados e as
escolas dos alunos classificados serão agraciadas
com publicações.
O Prêmio José
Márcio Ayres 2005 tem o apoio da Embaixada
da Holanda, Petrobras, Projeto PIATAM mar, Rádio
e TV Cultura do Pará, Sol Informática,
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC) e Sociedade Zeladora Amigos do Museu Goeldi
(SZAMPEG).
Fonte: Conservation Internacional
Brasil (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa