|
REFORMA AGRÁRIA
FORTALECERÁ ORGANIZAÇÃO
LOCAL E PRESERVAÇÃO DO MEIO,
DIZ GERENTE DO IBAMA
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Setembro de 2005
|
 |
27/09/2005 – Na
Floresta Nacional do Purus e na Floresta Nacional
do Mapiá-Inauini, no Amazonas, o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) está elaborando
o Plano de Manejo, documento técnico que
planeja e regulamenta a exploração
sustentável dos recursos naturais. Isso tem
ocorrido com o apoio de organizações
locais e de consultores da Universidade Federal
de Viçosa, em Minas Gerais. "Hoje a
gente sabe que o governo sozinho não consegue
fiscalizar bem as reservas. E também que
o trabalho de conservação só
funciona com o envolvimento dos moradores locais",
afirma Henrique dos Santos Pereira, gerente-executivo
do Ibama.
Além da realização
do plano de manejo com a participação
da sociedade e universidade, o Conselho Deliberativo
das duas unidades está em fase de implementação.
"Estender os benefícios da reforma agrária
às populações tradicionais
pressupõe um processo de organização
para produção, de reforço da
organização local. E isso vai ajudar
no fortalecimento desses Conselhos Deliberativos,
que são o órgão co-gestor das
Florestas Nacionais, nos quais as organizações
comunitárias têm papel fundamental."
A Floresta Nacional
do Purus, em Pauini, foi criada em 1988 e tem 256
mil hectares. Já a Floresta Nacional Mapiá-Inauni,
em Pauini e Boca do Acre, criada em 1989, tem 311
mil hectares. "Ambas são frutos das
compensações ambientais pela construção
da rodovia BR-364. O poder público só
começou de fato a se fazer presente nelas,
em 2003, quando o Ibama nomeou os chefes dessas
unidades de conservação. Até
então, seu processo de implementação
estava parado", contou Henrique dos Santos
Pereira, gerente-executivo do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
Hoje
o Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) e o Ibama assinaram
dois convênios que permitirão que cerca
de 400 famílias que vivem nessas duas unidades
de conservação sejam reconhecidas
como beneficiárias da política de
reforma agrária.
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi