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EMBRAPA REALIZA ESTUDOS
SOBRE OS DANOS CAUSADOS PELO MACACO-PREGO
EM PINUS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
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06/10/2005 - Desde a década de 90, relatos
de danos causados por macacos-prego a plantio comerciais
de Pinus tornaram-se freqüentes no Sul do Brasil,
o que, além de gerar prejuízos econômicos,
contribuíram para aumentar o conflito entre
produção e conservação,
ameaçando não só a manutenção
desse primata, mas também a dos remanescentes
florestais onde eles ficam abrigados.
Em 2003, a Embrapa Florestas (Colombo - PR), Unidade
da Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, e a Remasa Reflorestadora iniciaram
um estudo para identificar a origem do problema
e buscar alternativas para diminuir os danos aos
reflorestamentos.
Inicialmente, foi realizado um diagnóstico
para conhecer densidade populacional dos macacos-prego
e verificar, se os efeitos provocados no ecossistema
local, estariam relacionados à super população
em áreas próximas aos plantios de
Pinus, como afirmam aqueles que defendem a liberação
do seu abate, proibido por lei por se tratar de
uma espécie nativa.
Estudos conduzidos, desde agosto de 2003, em três
propriedades da região centro-sul do estado
do Paraná, comprovaram que, inicialmente,
os danos aos plantios não estão relacionados
à super população de macacos-prego,
já que a densidade populacional nessas áreas
é menor do que em áreas naturais observadas.
Revelaram ainda, que os danos estão inversamente
relacionados à disponibilidade de frutos
nativos nos remanescentes florestais que cercam
os plantios de Pinus, ou seja, se a disponibilidade
de frutos é baixa, os ataques do primata
aos plantios de Pinus, para o consumo de seiva,
é elevado. Nesse caso, uma das medidas para
amenizar os danos causados pelo macaco prego seria
o enriquecimento dos remanescentes florestais com
frutíferas nativas.
Segundo a pesquisadora Sandra Mikich que coordena
o projeto, os estudos serão continuados no
sentido de buscar alternativas mais rápidas
e eficientes para o controle desses problemas.
Fonte: Ministério da Agricultura
(www.agricultura.gov.br)
Assessoria de imprensa