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FEBRE MACULOSA EM PIRACICABA:
MINISTÉRIO PÚBLICO CONVOCA REUNIÃO E PROPÕE MEDIDAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Outubro de 2005

(04/10/05) - Atendendo a solicitação do Ministério Público Federal, instituições ligadas às áreas da saúde pública, do meio ambiente e de pesquisa participaram na 2a feira (03/10) de mais uma reunião para discutir o combate à febre maculosa em Piracicaba, SP. No encontro foram abordados os papéis e as responsabilidades de cada instituição para enfrentar o problema. Ao final da reunião, os procuradores da República redigiram uma nota à imprensa (reproduzida abaixo) com as principais decisões do encontro. Participaram do encontro, além do Ibama, representantes dos ministérios públicos Federal e Estadual, da Sucen, do DEPRN, da Esalq e da Medicina Veterinária da USP, do Ministério da Saúde e da Prefeitura de Piracicaba.

De acordo com os servidores do Ibama, a reunião serviu para “jogar mais luz” sobre o tema. “Consideramos muito pertinentes os questionamentos e as solicitações do Ministério Público Federal, pois ainda não se conhece o número de capivaras existentes no campus da Esalq e cabe aos pesquisadores dessa instituição fornecer mais dados”, explica a chefe da Divisão de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama/SP, Cristiane Leonel. Segundo ela, o Ibama já concedeu as licenças necessárias para captura e abate – voltados exclusivamente para realização de pesquisas científicas – das capivaras existentes numa área determinada do campus, a fazenda Areão. “Agora é preciso que a Esalq apresente os projetos que vão justificar o sacrifício desses animais. Esse sacrifício só se justifica se houver pesquisas que apontem ou neguem a vinculação da capivara com a febre maculosa”, diz Leonel.

A Nota à Imprensa elaborada pelo MP

O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado de SP, o Ibama, a Esalq, as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde, reunidos na Prefeitura Municipal de Piracicaba, deliberam pela adoção das seguintes medidas emergenciais, relativamente ao controle do carrapato-estrela na área do campus da Esalq:

1. Levantamento do número de capivaras no campus da Esalq;
2. Continuidade da educação e esclarecimento da população e dos profissionais da área da saúde;
3. Início/continuação da readequação ambiental do campus da Esalq, principalmente no que tange às áreas de APP e matas ciliares, com apresentação dos relatórios parciais ao DEPRN;
4. Controle ambiental dos carrapatos através de tratamento ambiental, que já está sendo realizado em caráter experimental no campus da Esalq;
5. Apresentação de projetos de pesquisa concernentes às capivaras para o restante do campus, conforme exigência do Ibama;
6. Monitoramento dos carrapatos das áreas em que forem retiradas as capivaras (Fazenda Areão) pela Sucen e pesquisadores da Esalq;
7. Destinação das capivaras capturadas na Fazenda Areão à pesquisas na área médica veterinária

Idéia de abate perde força

Desde o ano passado e com mais intensidade nos últimos meses, os piracicabanos vêm vivendo sob uma avalanche de informações desencontradas a respeito da doença e das formas mais adequadas de combatê-las. Dentre essas informações está a de que as capivaras seriam as principais responsáveis pela disseminação da doença, uma vez que transportam o carrapato-estrela, este sim o vetor da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre. Na esteira desse temor, começou a ganhar força a idéia de se abater as capivaras, em especial as que habitam o campus da Esalq/USP, principal foco de carrapatos na cidade.

Com a reunião de ontem, ficaram descartados de vez a remoção e o abate indiscriminados desses mamíferos, uma vez que diversos especialistas apontaram riscos nesses processos. Segundo o professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Marcelo Labruna, a retirada de capivaras do ambiente pode provocar o efeito contrário, com o conseqüente aumento da população. Técnicos de diversos órgãos de saúde também se mostraram contrários a uma outra idéia, a de translocação das capivaras, pois se estas estiverem de fato infectadas pela bactéria, poderão levar a doença para áreas em que ainda não ocorre. A opção mais apropriada, e defendida pela maioria dos presentes, é a readequação ambiental, com a recomposição das matas ciliares e a revitalização das APP´s.

Informações sobre a febre maculosa

A febre maculosa é uma doença aguda, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e é transmitida ao homem pela picada do carrapato-estrela contaminado. Se não for tratada, a doença pode matar. Os principais sintomas da doença são:

• febre, que aparece entre 2 e 14 dias após a picada do carrapato
• dor no corpo
• dor de cabeça
• manchas avermelhadas, que aparecem inicialmente nas plantas dos pés, tornozelos, pulsos e palmas das mãos
• inchaço
• olhos irritados
• tosse

Na presença desses sintomas, procurar o serviço médico. É importante informar ao médico se você teve contato com carrapatos ou se visitou recentemente áreas infestadas. Caso encontre algum carrapato em seu corpo, retire-o torcendo levemente. Nunca esmague os carrapatos com as unhas, pois se ele estiver infectado as bactérias podem penetrar em seu corpo através de pequenos ferimentos.

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Airton De Grande)

 
 
 
 

 

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