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PESCA DO TAMBAQUI JÁ
ESTÁ PROIBIDA
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Outubro de 2005
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(04/10/05) - O período
do defeso 2005/2006 teve início esta semana,
com a publicação da Instrução
Normativa n° 35, do Ministério do Meio
Ambiente, que proíbe a pesca, transporte,
armazenagem, beneficiamento e comercialização
do tambaqui em toda a bacia Amazônica. A proibição
se estende do dia 1° de outubro a 31 de março,
compreendendo os seis meses de reprodução
da espécie.
De acordo com o gerente
executivo do Ibama, Henrique Pereira, até
2003, o período de defeso do tambaqui era
de apenas quatro meses, mas teve que ser ampliado
para dar maiores garantias à reprodução
da espécie, pois análises do Ibama
mostram que mais de 80% do peixe desembarcado em
Manaus está abaixo do tamanho mínimo
permitido, de 55 cm. “A medida visa recuperar o
estoque desta importante espécie de peixe
comercial que vem apresentando sinais de sobrepesca
(exploração excessiva) por vários
anos, mesmo após sucessivos períodos
de defeso de quatro meses”, explica o gerente.
Ainda assim, a portaria
estabelece algumas exceções ao defeso,
para produtos oriundos da piscicultura, de projetos
de manejo e da pesca científica, tudo devidamente
autorizado pelo Ibama. Os frigoríficos e
restaurantes que tenham estoque do peixe, pescado
antes da portaria entrar em vigor, também
podem comercializa-lo, desde que declarem o estoque
ao Ibama até o dia 11 de outubro e recebam
autorização para tanto.
A partir de 15 de
novembro, outras seis espécies também
entram no defeso: mapará, pirapitinga, curimatã,
pacu, sardinha e aruanã, cuja pesca ficará
proibida até 15 de março de 2006.
Além destas espécies o pirarucu também
tem a pesca proibida durante o ano todo, só
podendo ser comercializado os peixes de projetos
de manejo.
Os pescadores, durante
todo o período de proibição
da pesca, recebem um seguro-defeso mensal, no valor
de um salário mínimo. Atualmente,
mais de 22 mil pescadores estão cadastrados
De acordo com Júlio
Siqueira, chefe do Núcleo de Recursos Pesqueiros
do Ibama, uma campanha educativa deve ser lançada
em breve para conscientizar pescadores, feirantes,
donos de restaurantes e, principalmente, a população,
para que não compre pescado proibido na época
do defeso. “Iremos às feiras, restaurantes,
escolas, mas precisamos do apoio da população.
A maioria das pessoas ainda não tem consciência
da necessidade de preservar os peixes na época
da reprodução”.
Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(www.ibama.gov.br)
Ascom (Flávia Mendonça)