|
SIMPÓSIO DISCUTE
SOBRE ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS
NO BRASIL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
|
 |
04/10/2005 - O Ministério
do Meio Ambiente abre nesta terça-feira,
às 19h, no auditório do Parlamundi,
o 1º Simpósio Brasileiro de Espécies
Exóticas Invasoras, consideradas como a segunda
maior causa de impacto na biodiversidade no mundo.
O encontro, que reunirá cerca de 500 participantes,
entre especialistas brasileiros e do exterior, tem
como objetivo discutir propostas para uma política
pública sobre o tema e apresentar um diagnóstico
da situação das espécies invasoras
no país.
De árvores a microorganismos, as espécies
exóticas invasoras trazem prejuízos
à economia, à diversidade biológica,
à agricultura e à saúde. Segundo
o Secretariado da Convenção sobre
Diversidade Biológica, desde 1600 as espécies
exóticas invasoras têm contribuído
com até 39% para extinções
de animais. Levantamento realizado nos Estados Unidos,
Reino Unido, Austrália, Índia, África
do Sul e Brasil indica que mais de 120 mil espécies
de plantas, animais e microorganismos já
teriam invadido esses países. Com base nesses
dados, estima-se que mais de 480 mil espécies
já foram introduzidas nos diversos ecossistemas
da terra. Dessas, considera-se que entre 20 e 30%
são pragas com grande potencial de causar
problemas ambientais.
As perdas econômicas nesses países
decorrentes das espécies invasoras nas culturas,
pastagens e florestas chegam a US$ 230 bilhões
ao ano. Os danos ambientais anuais nesses países
ultrapassam a US$ 100 bilhões. Em seu conjunto,
os prejuízos chegam a US$ 240 por habitante
a cada ano.
De acordo com o diretor de Conservação
da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente,
Paulo Kageyama, a idéia é elaborar
um programa nacional para controle dos diferentes
tipos de organismos. Até agora só
existem ações e planos para questões
pontuais, como o mexilhão dourado, água
de lastro, javali do sul. Pretende-se com o encontro
receber propostas da comunidade científica
para criarmos ação pública
para o problema causado pelas espécies invasoras
, informou.
Segundo Kageyama, o pinus (pinheiro do Sul) é
um dos principais invasores de ecossistema no mundo.
No Brasil, a planta é encontrada no estado
do Paraná. A espécie, comercial, espalha
suas sementes a centenas de distância, invadindo
e multiplicando-se em áreas de campos e em
unidades de conservação, contribuindo
para extinção das espécies
nativas .
O Ministério do Meio Ambiente, por meio do
ProBio (Projeto de Conservação e Utilização
Sustentável da Diversidade Biológica
Brasileira), está concluindo a elaboração
do Informe Nacional sobre Espécies Exóticas
Invasoras no Brasil. O estudo trará uma listagem
desse organismos e os impactos causados por eles
na agricultura, pecuária, no mares e na saúde.
Além disso, o documento apontará quais
ações serão necessárias
para prevenir, controlar e erradicar o problema.
Os resultados da pesquisa serão divulgados
até o fim do ano.
O evento, que segue até o dia 7, conta com
parceria do Ibama, Fundação Osvaldo
Cruz, Embrapa, Instituto Hórus, Instituto
de Oceanografia da USP, Universidade de Viçosa,
Ministérios da Agricultura, Saúde,
Polícia Federal, Infraero, Marinha do Brasil;
Itaipu binacional; Antaq, Anvisa, Banco do Brasil;
Banco Real; Unibanco, HSBC, Basa e Banco do Nordeste
do Brasil.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Gerusa Barbosa)