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BRASIL PODE SE TORNAR LÍDER
MUNDIAL EM TECNOLOGIA E PRODUÇÃO
DE ENERGIA RENOVÁVEL, DIZ REZENDE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
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14/10/2005 - O ministro
da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, participou
na manhã de hoje (14) do lançamento
do Plano Nacional de Agroenergia. O evento, realizado
em Piracicaba (SP), contou também com a presença
dos ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues,
e das Minas e Energia, Silas Rondeau.
“O Brasil é
o país da agroenergia”, disse o ministro
ao explicar a variedade de culturas, a imensidão
das terras, e pesquisadores especializados que o
país possui para se tornar uma liderança
mundial na área de tecnologia e produção
de energia renovável, como matriz agrícola.
Sergio Rezende destacou
o papel de investidor do Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT) nesta esfera, e citou os investimentos
dos fundos setoriais, que saiu de pouco mais R$
300 milhões em 2002 para R$ 721 milhões
neste ano, com perspectiva de chegar a R$ 1 bilhão,
em 2006, especialmente os fundos do Agronegocio
e do Biodiesel, como fontes bem sucedidas para o
desenvolvimento do setor.
O ministro adiantou,
ainda, que o orçamento e os programas a serem
apoiados pelos fundos setoriais em 2006 estão
em discussão. E disse que um programa nacional
como o de Agroenergia receberá uma atenção
especial no orçamento, por se tratar de uma
prioridade do governo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva na área da ciência e
tecnologia.
Roberto Rodrigues
acredita que a “era do petróleo caminha para
o ocaso e o mundo todo busca uma alternativa energética”.
Neste contexto, ele disse que o Brasil tem um papel
promissor, uma vez que os biocombustíveis
líquidos, como os pesquisados pelo Programa
do Biodiesel serão os mais valorizados como
mercadorias do futuro.
Projeções
de especialistas apontam que a produção
de combustíveis fósseis deve ter seu
pico em 2010. A partir daí, a produção
decairá, reduzindo-se à metade em
2050, quando será suficiente para suprir
20% da demanda mundial de combustíveis líquidos,
na melhor das hipóteses. Diante desse quadro
de déficit mundial de abastecimento de petróleo,
o governo do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva vem trabalhando no desenvolvimento do Plano
Nacional de Agroenergia.
O principal objetivo
da ação é assegurar a transição
da atual matriz energética, muito dependente
do petróleo, para uma matriz com maior participação
da energia renovável, inclusive ampliando
a utilização das atuais fontes de
carbono fóssil. Atualmente, a participação
da biomassa na matriz energética brasileira
está situada em 29%, enquanto esse percentual
é de 11%, para o restante do mundo.
A participação
do MCT
A atuação do Ministério da
Ciência e Tecnologia está focada em
três vertentes: pesquisa, desenvolvimento
e inovação tecnológica (P,D&I);
o Programa Nacional de Produção e
Uso do Biodiesel (Probiodiesel) e o mercado de créditos
de carbono. Além de enfocar a agroenergia
a partir de cinco grupos: etanol, biodiesel, biogás,
florestas e resíduos da agroindústria,
com o objetivo principal de desenvolver e transferir
conhecimento e tecnologias que contribuam para a
produção agrícola sustentável
com finalidade energética e o uso racional
da energia renovável, buscando a competitividade
do agronegócio brasileiro e o suporte às
políticas públicas.
Tal estratégia
é baseada na formação de redes
articuladas ao Plano Nacional de Agroenergia, ao
Plano Nacional de Desenvolvimento Regional e à
Política Industrial, Tecnológica e
de Comércio Exterior. Todas são políticas
de caráter multidisciplinar e multiinstitucional,
fortemente vinculadas a demandas do setor produtivo.
As redes servirão ainda para atrair e formar
quadros na área de P,D&I e estimular
projetos de extensão e difusão tecnológica,
de ampliação da infra-estrutura laboratorial
e de instituições de C&T e de
aumento da capacidade inovadora das empresas.
Fonte: Ministério da Ciência
e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa (Bruno Radicchi)