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EDUCAÇÃO
INDÍGENA E QUESTÕES FUNDIÁRIAS
MARCAM DISCUSSÕES DA CONFERÊNCIA
DE MT
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) Brasil
Outubro de 2005
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14/10/2005 - A educação
escolar indígena e a questão fundiária
aqueceram as discussões dos dias 12 e 13
de outubro na Conferência Regional dos Povos
Indígenas do Mato Grosso, onde representantes
de 32 etnias discutem os novos rumos da política
indigenista nacional até domingo.
Durante sua palestra,
a mestre em educação Chiquinha Paresi
disse que não adianta os professores se formarem,
se ainda há carência de estrutura nas
escolas das aldeias. A primeira turma de professores
da Universidade Estadual do Mato Grosso conclui
o terceiro grau indígena em janeiro de 2006,
mas as escolas não estão em boas condições,
disse. Para mudar o quadro, Chiquinha Paresi sugeriu
que os grupos de trabalho formados durante a conferência
discutissem um sistema de educação
para os indígenas.
Já o diretor
da Divisão Fundiária da Funai, Arthur
Nobre Mendes, falou que cerca de 90% dos territórios
indígenas do Mato Grosso está regularizado,
mas que a instituição ainda enfrenta
problemas em relação às terras
dos povos Bororo, Chiquitano e Guató. Segundo
ele, o importante agora é que os representantes
indígenas do Estado elaborem uma proposta
de política fundiária.
Além das palestras
e das discussões em grupos, a conferência
é um espaço para as manifestações
culturais, com apresentações de danças
e cantos de diversos povos. O esporte também
teve seu lugar: os índios organizaram um
campeonato de futebol de salão, com vitória
da equipe de Juína. Na manhã de hoje,
os três primeiros colocados receberam troféus.
A programação
da Conferência Regional dos Povos Indígenas
do Mato Grosso encerra no domingo. Amanhã
(sexta-feira), os representantes das etnias discutirão
o atendimento à saúde.
Fonte: Funai Fundação
Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa