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GOVERNADOR DECRETA ESTADO
DE CALAMIDADE PÚBLICA EM HIDROVIAS
DO AMAZONAS
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Outubro de 2005
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11/10/2005 - A seca
e prolongada continua provocando prejuízos
ao Amazonas. Ontem à tarde, o governador
Eduardo Braga decretou estado de calamidade pública
nas hidrovias do estado. O número de municípios
em estado de emergência se manteve: Atalaia
do Norte, Anori, Caapiranga e Manaquiri, todos no
rio Solimões.
Os municípios
em estado de alerta já são 19: Tabatinga,
Benjamin Constant, São Paulo de Olivença,
Santo Antônio do Içá, Jutaí,
Tefé, Coari, Cadajás e Anamã,
no rio Solimões; Canutama, Lábrea,
Tapauá e Boca do Acre, no rio Purus; Envira
e Ipixuna, no rio Juruá; Humaitá,
Manicoré, Novo Aripuanã e Nova Olinda
do Norte, no rio Madeira.
As informações
são do comandante-geral do Corpo de Bombeiros
Militar do Amazonas e coordenador da Defesa Civil
Estadual, coronel Franz Marinho Alcântara.
Segundo ele, os maiores problemas enfrentados pela
população desses municípios,
especialmente a que vive na zona rural, é
a falta de água potável, alimentos,
medicamentos e combustível. O coronel informou
que 150 bombeiros militares estão trabalhando
no socorro às comunidades, isoladas pela
vazante dos rios.
"Eles estão
cadastrando as famílias, levantando suas
necessidades. Estamos empregando um caminhão
fabricado no Corpo de Bombeiros, que trafega em
qualquer terreno, e motocicletas, na busca de pessoas
perdidas na mata para percorrer o leito dos rios
secos", contou. "No baú da motocicleta
levamos hipoclorito de sódio (água
sanitária)e tintura de iodo para adicionar
à água e torná-la própria
para o consumo", completou.
Ontem o governador
Eduardo Braga se reuniu com o comandante militar
da Amazônia, general Figueiredo. Um dos pontos
da pauta, segundo o major Fontes, responsável
pela comunicação do Comando Militar
da Amazônia (CMA), foi o apoio do Exército
às ações emergenciais no interior
do estado.
"Estamos aguardando
hoje o governador dizer exatamente do que precisa,
para providenciarmos o que for necessário.
Para determinadas ações, temos disponibilidade
imediata. Para outras, como transporte de carga
em aviões maiores, vamos precisar buscar
recursos ou a transferência de horas de vôo
de outras unidades do país, porque as nossas
estão chegando ao limite", informou
o major.
Para o coronel Alcântara,
talvez seja necessária a colaboração
do Exército. "Possivelmente vamos precisar
do Exército para abrir cacimbões,
que são os poços que a gente faz cavando
buracos na terra. Contaremos também com apoio
de voluntários das próprias comunidades",
afirmou.
Segundo o assessor
de comunicação do Ministério
da Integração Nacional, Luís
Cláudio Cicci, a Secretaria Nacional de Defesa
Civil já entrou em contato com os ministérios
da Defesa, da Agricultura e da Saúde para
viabilizar a distribuição de água
potável, cestas básicas e medicamentos
aos municípios amazonenses atingidos pela
seca.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi