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PESQUISADORES DEBATEM O
USO DE BIOINSETICIDAS CONTRA DOENÇAS
TROPICAIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
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11/10/2005 - Dois
eventos sobre o controle de doenças tropicais
começam amanhã (12) em Manaus: o 3º
Simpósio de Vetores, Viroses Emergente, Controle
Biológico e Biotecnologia e o 5º Curso:
Controle Biológico Usando Bioinseticida Bacteriano
e Vetores de Doenças Tropicais. Coordenados
pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa), instituição vinculada ao Ministério
da Ciência e Tecnologia, os eventos serão
realizados na Universidade Luterana de Manaus (ULBRA).
O objetivo é formar recursos humanos para
atuarem na Amazônia, além de promover
a transferência de informações
científicas aos estudantes de graduação,
pós-graduação e aos profissionais
que atuam na área de saúde.
Em pauta está
o estímulo dos avanços na utilização
sustentável da bioprospecção
- uso de matérial genético com fins
comerciais. A meta é promover o uso de inseticidas
biológicos e o desenvolvimento de produtos
biotecnológicos como meio alternativo no
controle de vetores - hospedeiros intermediários
de agentes causadores de infecções,
viroses e doenças tropicais. Para debater
o assunto foram convidados especialistas de renome
no Brasil e no Exterior, que atuam nas diferentes
áreas do conhecimento das técnicas
moleculares de controle biológico.
Segundo o coordenador
do evento, Wanderli Pedro Tadei, pesquisador do
Laboratório de Malária e Dengue do
Inpa, o simpósio e o curso também
visam gerar um fórum científico com
tópicos informativos, tanto para alunos de
iniciação científica, mestrandos,
doutorandos e professores, quanto para profissionais
da área saúde e biotecnológica
- técnico, pesquisador. "Temos que suprir
a carência quanto às informações
referentes ao controle biológico de vetores
na região amazônica e no País.
Desde a implantação do curso, vários
estudantes, agentes e profissionais da área
de saúde, da Amazônia e de outros estados,
vêm participando ativamente dos treinamentos
teóricos e práticos oferecidos",
destacou.
Programação
O curso e o simpósio serão dividos
em três módulos. O primeiro tratará
dos vetores, viroses emergentes, biotecnologia e
controle biológico. O segundo compreende
o trabalho de campo que será feito com os
inscritos. Os estudantes utilizarão técnicas
usando bioinseticida bacteriano em criadouros naturais
de mosquitos, com ênfase nos tanques de piscicultura.
O terceiro módulo consiste na parte prática,
ou seja, a aplicação das informações
obtidas nos primeiros módulos em laboratório.
Entre os resultados
obtidos, o pesquisador do Inpa destaca a diminuição
da quantidade de mosquitos na periferia da cidade.
"Antes havia cerca de 80 a 102 mosquitos por
homem/hora e atualmente existem apenas 15. O bioinseticida
não prejudica o meio ambiente e sua fauna
associada (demais mosquitos). Sua aplicação
é feita contra a forma imatura dos mosquitos,
impedindo que ele se desenvolva, enquanto os inseticidas
comuns não possuem esse mesmo efeito.",
afirmou Wanderli Tadei.
Fonte: Ministério da Ciência
e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa (INPA)