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TRATADO DE QUIOTO É
O PRIMEIRO PASSO PARA UM MUNDO MELHOR, AFIRMA
PROFESSOR
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Outubro de 2005
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08/10/2005 - O coordenador
do Programa de Planejamento Energético da
Coordenação de Programas de Pós-graduação
de Engenharia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (Coppe/UFRJ), Emilio La Rovere, diz que
ainda é muito cedo para afirmar que os acordos
formalizados no âmbito do Tratado de Quioto
vão contribuir para a construção
de um mundo melhor do ponto de vista climático.
Rovere ressaltou, no entanto, que toda grande caminhada
começa com o primeiro passo.
"O pontapé
inicial foi dado, e o esforço, até
agora garantido, de redução de 5%
das emissões de gás carbônico
nos países industrializados até 2012,
em comparação com os níveis
de 11000, ainda é insuficiente. É
apenas o primeiro passo. Minúsculo. Mas nunca
é demais lembrar que toda grande caminhada
começa com o primeiro passo", enfatizou.
Para Rovere, trata-se de um mecanismo inovador:
um incentivo econômico para atingir um objetivo
ambiental. "Eu acho que a Convenção
do Clima (Convenção das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas)
tem esse caráter pioneiro, que nos autoriza
um certo otimismo quanto ao futuro", afirmou.
O professor ressaltou,
porém, que os defensores do meio ambiente
não podem subestimar as dificuldades políticas
e econômicas que ainda serão enfrentadas
- como que a lembrar a resistência dos Estados
Unidos, a principal potência mundial, em assinar
o tratado.
"Não
podemos subestimar as dificuldades políticas
e econômicas para que o Tratado de Quioto
vá em frente, mas eu tenho esperança
de que, se a humanidade tiver juízo e se
os dirigentes dessas potências mais poderosas
o tiverem, vamos caminhar para aprofundar esse esforço
nas próximas rodadas: com isso, conseguiremos
reduzir a emissão de gases, mitigando, dessa
forma, as mudanças climáticas",
afirmou.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Nielmar Oliveira