(21/10/05) - A Diretoria
de Fauna e Recursos Pesqueiros-Difap realizou
uma reunião nos últimos dias
17 e 18 com o objetivo de juntar informações
e diagnosticar os principais problemas que
o peixe-boi amazônico vem sofrendo.
A reunião ocorreu na Sede da Suframa
em Manaus, com o intuito de definir estratégias
para conservação do animal.
Participaram do encontro,
Rômulo Mello, diretor de Fauna e Recursos
Pesqueiros, o coodenador-geral de fauna, representantes
do Ibama de Manaus, Belém, Santarém
e Centro Mamíferos Aquáticos,
além de outros órgãos
governamentais como a Secretaria de Meio Ambiente
de Belém, por meio do Bosque Rodrigues
Alves, pesquisadores do INPA, da Hidroelétrica
de Balbina, e de ONGs como Instituto Mamirauá,
Conselho Nacional de Seringueiros-CNS, Centro
Agroextrativista da Amazônia-CAAM, Amigos
do Peixe-boi amazônico-AMPA e Instituto
de Pesquisas Ecológicas-IPE.
O peixe-boi amazônico
está ameaçado de extinção
devido a intensa caça que vem ocorrendo
desde a colonização do Brasil.
Atualmente a destruição de seus
habitats também pode causar sérios
riscos à sua conservação.
A espécie é protegida por lei
desde 1967, passando a ser crime ambiental
a sua captura, apanha ou perseguição
a partir da Lei de Crimes Ambientais – Lei
nº 9.605/98.
Pesquisadores vêm
trabalhando em busca de informações
da ocorrência, biologia, e ameaças
sobre a espécie, assim como o uso da
mesma pelas populações tradicionais
da bacia amazônica. O peixe-boi amazônico
pertence a ordem sirênia, vive na bacia
amazônica e pode chegar a medir 3m e
pesar 300kg. Seu couro é bem liso e
preto, possuindo uma mancha branca na barriga.
Segundo Rômulo Mello,
o documento final da reunião será
muito importante, pois servirá como
subsídio para a criação
de um Plano de Ação específico
que estabelecerá prioridades de ações
e pesquisas visando a conservação
da espécie na Amazônia.