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CACIQUES DE 36 ALDEIAS AVALIAM PROGRAMA DE COMBATE À FONTE

Panorama Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Outubro de 2005

24/10/2005 – Lideranças indígenas de 36 aldeias dos povos guarani-kaiowa, guató e terena localizados na Bacia do Alto Paraguai, se reúnem hoje e amanhã, no Hotel Chácara do Lago, para avaliar as ações desenvolvidas e traçar novas diretrizes para o Programa de Combate à Fome em Comunidades Indígenas, que em Mato Grosso do Sul está sendo executado dentro do Programa Pantanal. O encontro começa às 19h30 com a presença do secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José Elias Moreira, e do coordenador estadual do Programa Pantanal, Job Abrão.

A equipe que desde 2001 trabalha no diagnóstico e desenvolvimento das ações necessárias para solucionar os problemas de fome nas aldeias da Bacia do Alto Paraguai fará uma explanação do trabalho executado, pontuando as experiências positivas e refletindo as que não surtiram os efeitos esperados. Em seguida os caciques apresentarão a própria avaliação e proporão mudanças ou incremento das atividades.

A equipe do Plano de Desenvolvimento Sustentável em Áreas Indígenas, um componente do Programa Pantanal, é composta por 16 técnicos que desde 2002 atuam diretamente junto às aldeias, primeiro levantando a problemática através de diagnósticos locais, “levando em consideração as questões culturais e ambientais de cada região e povo, procurando fortalecer as comunidades e com vistas na sustentabilidade econômica”, explica a coordenadora do Plano, Yuri Tsunaka.

Dimensão – As atividades foram desenvolvidas em 41 aldeias: três do povo guarani-kaiowa, uma do povo guató, cinco do povo kadiwéu e 32 do povo terena. “A prioridade de caráter emergencial era apoiar o plantio de alimentos básicos, como feijão e milho, para depois introduzir outras atividades econômicas que possam garantir a sustentabilidade da comunidade”, descreve.

O trabalho começou com a recuperação do solo. Quase 3 mil toneladas de calcário revitalizaram e fortaleceram 1,8 mil roças que variam de meio a um hectare e meio, atendendo diretamente uma população de dois mil indígenas. Foram distribuídos 52,1 quilos de sementes de feijão, 47,5 quilos de milhos e 30,2 quilos de leguminosas, além de insumos.

Os indígenas também aprenderam técnicas de manejo de pragas, ganharam ferramentas e tomaram lições simples – porém essenciais – aproveitar o máximo da lavoura e planejar a produção de forma que atenda suas necessidades. “É a primeira vez na história que distribuem sementes não híbridas aos indígenas, possibilitando o replantio”, observou Yuri.

Na segunda etapa do programa, e especificamente junto aos índios guaranis, iniciou-se a criação de animais domésticos para o consumo da própria comunidade. Outras nações não apresentam problemas graves de falta de alimentos, afirma a coordenadora. Os terenas, por exemplo, são hábeis agricultores e tiram o sustento das lavouras; já os guaranis consomem mais carnes e derivados.


“Pesquisamos raças mais rústicas de suínos e frangos que se adaptassem às condições das aldeias.” Foram adquiridas e entregues nas aldeias 49 matrizes de suínos da raça Sorocaba e 500 pintinhos com um mês de vida, para garantir que sobreviveriam até a fase adulta. “Não adianta levar pintinhos recém nascido para as aldeias que morrem.”

Encontro – O encontro que se inicia hoje à noite e termina amanhã no fim da tarde será também uma oportunidade de confraternização entre as lideranças indígenas de diferentes nacionalidades, fortalecendo o entrosamento e fomentando a união dos povos, bem como oportunizando a troca de experiências.

Os caciques começam a chegar ao hotel a partir das 16 horas; às 19h30 será a abertura e em seguida diversas apresentações culturais. No dia seguinte a programação será retomada às 8 horas; os técnicos do Programa Pantanal relembram o que foi feito e os participantes se dividem em grupos para debater o tema em torno das questões: “Quais foram os resultados dos trabalhos nas aldeias?”, “Quais as demandas ambientais locais?”, e fazem as sugestões que consideram importantes.

O resultado do trabalho em grupo será apresentado à tarde, em painel que pretende tirar um cronograma das ações solicitadas. Após o jantar, previsto para as 18h30, mais atrações culturais encerram o encontro.

 
 
Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)
 
 
 
 
 
 

 

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