26/10/2005 - Melhorar as
condições de vida das populações
rurais através da gestão participativa
e sustentável dos recursos florestais
e das terras agrícolas é um
desafio que o Projeto Florestas e Agricultura
na Amazônia (Floagri) pretende realizar
nas regiões amazônicas do Brasil,
Equador e Peru.
Para marcar o lançamento
do projeto, que conta com o financiamento
da União Européia e duração
de 42 meses, especialistas e técnicos
apresentarão o Floagri a diversas organizações
públicas e privadas regionais que atuam
em prol do desenvolvimento sustentável
no dia 26 de outubro, às 17 horas,
no Hotel Beira Rio. em Belém - PA.
Há mais de trinta
anos, a Amazônia continental vem conhecendo
uma das mais fortes taxas de desflorestamento
do mundo. Apenas na Amazônia brasileira
cerca de 2 milhões de ha de florestas
por ano são convertidos por atividades
agropecuárias.
Os ecossistemas florestais
amazônicos representam cerca de 50%
das florestas tropicais úmidas do planeta
e desempenham um papel primordial, tanto para
as populações locais que dependem
delas para sua subsistência, como para
a conservação da biodiversidade,
a manutenção dos equilíbrios
hidrológico e climatológico
regionais, e a proteção dos
solos.
Neste cenário a gestão
sustentável dos recursos florestais
é uma ferramenta chave para contribuir
a conservação das florestas
amazônicas, ao mesmo tempo que pode
ser uma fonte de renda adicional para as populações
locais.
Entretanto, apenas o uso
de itinerários técnicos para
a gestão sustentável dos recursos
florestais não é suficiente:
é preciso compatibilizar as atividades
agrícolas com o manejo florestal sustentável.
E, é esse o principal desafio que o
projeto Florestas e Agricultura na Amazônia
(Floagri) pretende enfrentar.
A estratégia de trabalho
envolve a implementação e a
validação desses sistemas integrados
de manejo de recursos naturais em sítios
demonstrativos na Amazônia brasileira,
equatoriana e peruana.
No Brasil, abrangerá
dois pólos (Rio Capim e Transamazônica)
do programa do Proambiente; no Equador o projeto
atuará no vale do Quijos, que conta
com florestas ainda bem conservadas; e no
Peru na região do alto Huallagua, localizado
no piemontês andino.
A coordenação
geral é do departamento florestal do
Centro de Cooperação Internacional
de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento
(Cirad), com sede na França e contará
com as parcerias da Embrapa Amazônia
Oriental (Belém - PA), Unidade da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (Ipam), Fundação
Agrícola do Nordeste Paraense (Fanep),
(Fundação Viver, Produzir e
Preservar (FVPP) de Altamira - PA, Universidad
Nacional Agraria de la Selva (Unas), Tingo
Maria, Peru e Instituto Nacional Autônomo
de Investigaciones Agropecuárias (Iniap),
Quito, Equador.