(04/11) – Até o meio
dia desta sexta-feira, o fogo que há
um mês atinge o Parque Nacional da Chapada
Diamantina, na Bahia, estava sob controle.
Ele chegou a ser extinto, mas, com a temperatura
em torno de 38º e o vento muito forte,
fagulhas de brasas sob pedras reativaram ontem
nove focos de incêndio. “Sete já
foram apagados, um está quase extinto
e outro ainda vive, porém sob controle”,
disse o gerente do Fogo do Ibama, Luís
Antônio Coslope.
Segundo ele, com a previsão
de chuva só para janeiro, a situação
obriga o monitoramento constante. “Se não
estivermos atentos, o que apagarmos hoje,
volta amanhã”, explicou Coslope. Mesmo
com o esforço de 130 brigadistas voluntários
e contratados, e dos bombeiros, diariamente
surgem cinco, seis, até dez focos.
Neste momento, técnicos do Ibama sobrevoam
a região em helicóptero para
medir a área queimada e avaliar prejuízos
(hoje, chega ao Parque um helicóptero
do governo baiano). O relatório não
saiu, mas, segundo o gerente, dos 152 mil
hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina,
acredita-se que a área atingida é
de 10%.
O fogo atingiu áreas
próximas às nascentes dos rios
Negro de Palmeira e Negro de Mucugê.
Também afugentou e matou animais rupestres,
principalmente cobras, e espécies de
orquídeas.
O Ibama considera que o
incêndio no parque teve origem criminosa.
Teria começado com a queima de roçados,
por agricultores, ou provavelmente pela ação
dos chamados “coletores”, que abrem caminho
através do fogo, em busca da flor sempre-viva,
que alimenta o mercado de decoração
doméstica. Um suposto piromaníaco
chegou a ser preso, mas, como apresentava
sinais de demência, foi liberado.