03/11/2005 – O vice-governador
Egon Krakhecke, falando em nome do governo
do Estado na solenidade de lançamento
da Campanha de Piracema 2006, hoje pela manhã
no Centro de Convenções Arquiteto
Rubens Gil de Camillo, disse que será
o Conpesca (Conselho Estadual de Pesca) quem
decidira se a pesca será ou não
suspensa no Estado por quatro anos, como propõe
o governo.
“É no Conpesca que
se debatem e se decidem todas as medidas importantes
em relação à preservação
do estoque pesqueiro de Mato Grosso do Sul.
É um foro democrático, com ampla
representatividade e autoridade, um instrumento
efetivo de controle social. O que o Conpesca
decidir o governo acatará.”
A proposta levada pelos
governadores Zeca do PT e Blairo Maggi (MT)
ao ministro de Aqüicultura e Pesca, José
Fritsch, prevê uma moratória
de quatro anos na pesca profissional dos dois
Estados. Os pescadores serão compensados
com um salário mínimo mensal
no período, além de freqüentarem
cursos profissionalizantes para que encontrem
outras alternativas de renda.
Falou em nome da categoria
o presidente da Associação de
Pescadores de Ladário, Edevail Soares.
“Temos que tomar uma atitude para preservar
o Pantanal. Não tem mais peixe mesmo.
Então tem que proibir a pesca.” Para
o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo
(PL), que representa a Assembléia no
Conpesca, o assunto deve ser debatido sem
radicalismos pelo conselho e a atitude mais
razoável deve ser adotada.
Egon Krakhecke frisou que
talvez nem seja a pesca profissional a maior
ameaça aos estoques pesqueiros, mas
problemas de degradação ambiental
que causam desequilíbrio no meio ambiente,
dificultando a reprodução dos
peixes, e ainda a pesca predatória.
“Essa nós devemos combater sem trégua.
A pesca ilegal só traz prejuízos
ao meio ambiente e ao Estado.”