08/11/2005 - A eliminação
da poluição produzida pela queima
de combustíveis dos veículos
automotores só será possível
com a adoção de carros movidos
a bateria ou a célula de combustível
– espécie de bateria que pode ser continuamente
carregada com novo combustível, como
o hidrogênio.
A informação
é do presidente da Comissão
de Energia e Meio Ambiente da Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), Henry Joseph Júnior.
No Congresso Internacional de Biocombustíveis,
que se realiza nesta semana, ele informou
ainda que os chamados biocombustíveis
renováveis – o gás natural veicular
(GNV) e o Gás-to-Liquids (GTL) – reduzem
apenas em parte a quantidade de poluentes
emitidos.
Joseph Júnior afirmou,
no entanto, que mesmo que os biocombustíveis
(como o álcool) não sejam totalmente
eficientes na diminuição da
poluição, eles atendem plenamente
à exigência de redução
de emissão de CO2 e, em conseqüência,
do efeito estufa. "No caso do álcool
e do biodiesel, o balanço do carbono
é zero. O que eu estou colocando na
atmosfera, a planta ao crescer está
removendo, e eu tenho então um ciclo
fechado", disse.
Outra vantagem do biocombustível
apontada pelo presidente da Comissão
é que o custo da tecnologia para a
produção é baixo e seu
desenvolvimento, rápido, em curto prazo.
Em contrapartida, o custo da tecnologia de
baterias e células combustíveis
é alto e somente a médio ou
longo prazo será possível concluir
o desenvolvimento.
"A indústria
automobilística está enfrentando
um dilema em relação às
questões urbanas e ambientais. Ela
não tem uma tecnologia que seja totalmente
verde [que não polui] e que seja barata
e totalmente desenvolvida", afirmou.