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CETESB PARTICIPA DE EVENTO INTERNACIONAL DE ÁREA CONTAMINADA NOS EUA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2005

07/11/2005 - O gerente da Divisão de Áreas Contaminadas, Alfredo Rocca, participou no período de 17 a 20 de outubro da "21ª Annual International Conference on Contaminated Soils, Sediments and Water", organizada pela University of Massachusetts at Amherst. A conferência reuniu cerca de 700 participantes do México, Equador, França, Alemanha, Bélgica, Brasil e Rússia, além de representantes de diversos estados americanos.
Pedro Calado
Junto com os americanos, que apresentaram a maior parte dos trabalhos, Rocca fez uma exposição abordando a situação do gerenciamento de áreas contaminadas no Estado de São Paulo, demonstrando entre outras coisas que no Brasil existe um mercado em expansão na área de remediação e que empresas que atuam nesta área seriam bem vindas. O técnico observou que nos últimos anos houve evolução nas técnicas de investigação, com destaque para os amostradores passivos de substâncias voláteis no solo. "Eles estão usando elementos de fibras sintéticas que são introduzidos em perfurações feitas no solo, onde ficam por um determinado período, podendo chegar a um mês. Após absorverem as substâncias do solo, os amostradores seguem para análise, que indicará o tipo de contaminante presente
no local", explicou Rocca. Outra novidade na área de investigação está relacionada com a tecnologia de biorremediação, ou seja, a atenuação natural de substâncias orgânicas no solo por decomposição biológica. A novidade agora é que, além dos processos biológicos tradicionais, também estão usando processos bioquímicos. Essa técnica consiste em efetuar a análise de ácidos nucleicos das bactérias, quantificando o quanto de bactéria existe no local ou, ainda, a avaliação do DNA das bactérias.

Quanto às técnicas de remediação, Rocca informa que a tendência atual é a aplicação de processos de remediação "in situ", que significa agir diretamente no solo contaminado, sem a necessidade de escavação. Isso é possível utilizando três tipos de processos. O primeiro é um processo químico de oxidação e a novidade fica por conta da conjugação de dois agentes oxidantes, como peróxidos com ozônio ou peróxidos com permanganatos, o que proporciona maior eficácia na remediação.

Outro processo utilizado é o físico, realizado a partir de tratamentos térmicos. "No caso de substâncias voláteis, em ocorrência mais superficial do solo, é utilizada a injeção de vapor, que promove e intensifica a volatilização. Mas quando as substâncias são semi-voláteis, com ocorrência em profundidades maiores, são introduzidos eletrodos no solo, pelos quais passa uma corrente elétrica, promovendo o aquecimento do solo em até 100º, o que também acelera a volatilização”, informou Rocca.

Já o processo biológico usado na remediação, absorveu os avanços obtidos nos processos anaeróbios de degradação de substâncias cloradas, desenvolvidos no setor de investigação para identificar e quantificar microoroganismos. "Os técnicos estão compreendendo que nesses processos ocorre uma ação de consórcio de bactérias e fungos, onde cada uma cumpre um determinado papel", concluiu o técnico.Rocca observou, pelos diálogos que manteve com outros participantes, que existe interesse das empresas em atuar no Brasil, mas elas necessitam de parceiros locais para se associarem. "Isto seria muito importante para o Estado de São Paulo, porque avançamos bem na questão de identificação, mas não na remediação das áreas", ressaltou. Uma possibilidade que pode contribuir para que essas parcerias proliferem é a aprovação do Projeto de Lei de Proteção de Solos e Gerenciamento de Áreas Contaminadas, que aguarda aprovação na Assembléia Legislativa.

Este projeto foi elaborado por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e da CETESB e foi encaminhado à Assembléia Legislativa pelo governador Geraldo Alckimin em junho último. Quando aprovado, será possível criar um fundo de recursos financeiros para custear os serviços de remediação. Se o poluidor for o Estado, a verba irá para um fundo perdido, mas no caso de terceiros, o empréstimo será concedido com juros subsidiados, realimentando o fundo.

"Numa avaliação geral, que inclui países mais adiantados neste setor como os Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França e Bélgica, o Brasil está no estágio inicial. Mas comparando com outros países da América Latina, São Paulo está muito adiantado, mas precisamos investir na remediação. Acredito que as novas descobertas devem abrir o mercado para o ingresso de novas empresas, aumentando a concorrência e reduzindo os custos", observou o gerente.

 
 
Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Cris Olivette)
Fotos: Pedro Calado
 
 
 
 
 
 

 

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