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CIRO REÚNE-SE PELA SEGUNDA VEZ COM BISPOS DA CNBB E APRESENTA O PROJETO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2005

09/11/2005 - O Projeto São Francisco não acabará com a seca, mas garantirá segurança hídrica às populações das pequenas, médias e grandes cidades dos Estados do Nordeste Setentrional, que não têm um só rio perene, "e fará isso sem prejudicar o meio ambiente ou um único brasileiro residente na ribeira do rio".

A declaração foi feita na noite desta terça-feira (8/11) pelo ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, durante reunião com a direção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na sede da entidade, nesta Capital. Ele lembrou que, pela primeira vez na história do rio, sua revitalização está na prioridade do Governo Federal, que, por decisão do presidente Lula, a incluiu no PPA. "As ações de revitalização estão em curso há dois anos", salientou. Esse foi o segundo encontro do ministro com a direção da CNBB para tratar do mesmo tema - o primeiro foi em setembro do ano passado. O bispo da diocese baiana de Barra, Dom Luiz Flávio Cappio, que, no mês passado, fez greve de fome contra o projeto, não compareceu à reunião.

Saudado pelo presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella, Cardeal Primaz e Arcebispo da Bahia, e ladeado pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, o ministro Ciro Gomes reforçou os argumentos que sustentam a necessidade de execução do projeto, o primeiro dos quais é o de que, na área a ser beneficiada pelo empreendimento, a disponibilidade de água é de apenas um terço do mínimo estabelecido pela ONU como indispensável à sustentabilidade da vida humana - 1,5 mil metros cúbicos (m³) por habitante/ano. "No agreste de Pernambuco, essa disponibilidade é inferior a 400 m³ por habitante/ano", disse.

Em seguida, o ministro perguntou: "E o São Francisco tem água suficiente para garantir o projeto"? Ele mesmo respondeu, afirmativamente, explicando que o próprio Comitê da Bacia do São Francisco aprovou os números relativos à vazão do rio.

Esses números, confirmados pela Agência Nacional de Águas (ANA), revelam: 1) a vazão média do São Francisco, em sua foz, é de 2.850 m³ por segundo (m³/s); 2) a vazão mínima garantida é de 1.850 m³/s; 3) a vazão ecológica, ou seja, a trava de segurança estabelecida pelo Ibama, é de 1,3 mil m³/s; 3) a vazão disponibilizada pelo Plano de Bacia do São Francisco, para diferentes usos, é de 360 m³/s; 4) hoje, todos os projetos de irrigação e/ou de abastecimento d´água existentes na bacia do São Francisco consomem apenas 91 m³/s; 5) o Projeto São Francisco vai captar, apenas, 26 m³/s, ou seja, 1,4% da vazão mínima garantida na foz do rio, e essa água se destinará ao abastecimento humano e à dessedentação animal, conforme estabelece a Outorga Definitiva emitida pela ANA. "Esses são os números oficiais que confirmam que o rio tem água suficiente para fornecer ao projeto de integração de bacias", asseverou o ministro da Integração Nacional, que ainda lembrou: "Antes da cascata de barragens da Chesf, o São Francisco pulsava, em sua foz, com vazões que iam a picos de 15 mil m³/s a 600 m³/s. Hoje, nos anos chuvosos, registram-se os mesmos picos de 15 mil m³/s, mas a vazão mínima nunca é inferior a 1.850 m³/s".

Em seguida, Ciro Gomes foi sabatinado por bispos, religiosos, leigos e até por membros do Ministério Público, que levantaram diferentes questões. O ministro disse que esta é a grande oportunidade que têm "os que de verdade amam o rio São Francisco" para promover a sua tão sonhada revitalização.

"Estamos investindo pesado na revitalização, concentrando 85% dos investimentos em projetos de saneamento básico das cidades localizadas às margens do rio, entre as quais Pirapora, Bom Jesus da Lapa, Juazeiro, Petrolina, Cabrobó, Salgueiro e Penedo; já estão produzindo os primeiros canteiros de mudas para a produção de árvores que serão usadas na recuperação das matas ciliares do rio; celebramos convênio com o MST para que os seus assentamentos sejam também produtores de mudas de árvores; contratamos a elaboração de projetos de saneamento básico para outras 50 cidades, que hoje jogam diretamente nas águas do rio os seus esgotos".

 
 

Fonte: Ministério da Integração Nacional (www.integracao.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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