08/11/2005
- O uso de energias alternativas foi o principal
tema da reunião entre o Secretário
do Meio Ambiente de São Paulo e a delegação
de empresas alemães do Estado da Mecklemburgo
Pomerânia Ocidental. Acompanhados do
Ministro do Meio Ambiente desse estado independente
da Alemanha, os visitantes foram recebidos
pelo professor José Goldemberg na última
terça-feira (8/11) para discutir assuntos
como o uso da biomassa e de energia eólica
como alternativa para os combustíveis
fósseis.
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Pedro
Calado e José Jorge
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Antes disso a comitiva
já havia sido recebida pelo presidente
da CETESB, Rubens Lara e pelo diretor de Engenharia,
Tecnologia e Qualidade Ambiental, Lineu Bassoi.
Na visita foram relatadas as ações
nas áreas de controle de resíduos
sólidos e efluentes, além da questão
energética.
Acompanhado pelo vice-consul
geral da Alemanha, Hubertus von Morr, o ministro
Wolfgang Methling explicou que a vinda da
comitiva tem como objetivo estabelecer parcerias
com o governo paulista e viabilizar negócios
entre as empresas dos dois estados. O representante
do governo da Pomerânia destacou o fato
da comitiva ser acompanhada de um representante
da área ambiental, o que segundo ele
demonstra a área de interesse do seu
governo em São Paulo.
Goldemberg informou que
o Estado de São Paulo tem concentrado
seus investimentos na geração
de energia de biomassa, com a produção
de álcool, que atualmente é
estimada em 200 mil barris/dia, “o que garante
autonomia energética e protege o País
de um eventual embargo do petróleo,
além de contribuir para a redução
das emissões de carbono”. O secretário
informou também que o governo paulista
tem se empenhado em estimular a produção
e uso do etanol em outros países, como
forma de contribuição para que
as metas do protocolo de Kyoto sejam alcançadas.
Wolfgang Methiling aproveitou
para questionar sobre a posição
que o governo brasileiro deve assumir na reunião
que será realizada em breve no Canadá,
para discutir sobre as metas de redução
das emissões de carbono. Goldemberg
comentou que considera a posição
do Brasil muito conservadora e defendeu a
antecipação dos prazos para
controle das emissões, juntamente com
a China e a Índia, que foram beneficiados
com prazos maiores, por serem considerados
países em desenvolvimento.
Os dois secretários
ambientais concordam que, ao adotar esta postura,
o grupo do qual o Brasil faz parte no protocolo
de Kyoto, contribuiria para pressionar os
países que ainda não são
signatários do compromisso, entre os
quais os Estados Unidos, maiores consumidores
de combustíveis fósseis no mundo.