11/11/2005 - A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou hoje
(11) a demora na aprovação do
projeto de lei que protege a mata atlântica.
Marina Silva disse que o projeto, que está
no Senado, já está tramitando
há 13 anos. A ministra fez as declarações
ao participar da solenidade de posse do novo
superintendente do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) no Rio, Rogério Rocco.
Marina classificou como
essencial a discussão sobre a mata
atlântica, considerada o ecossistema
brasileiro mais ameaçado. Segundo a
ministra, desde a chegada dos portugueses
ao Brasil, já foram devastados 93%
dessa vegetação, que originalmente
cobria 1,3 milhão de quilômetros
quadrados.
De acordo com a ministra,
a preservação do ecossistema
será um dos temas em discussão
na Conferência Estadual de Meio Ambiente,
prevista para os dias 26 e 27 próximos
no Rio de Janeiro. O evento é uma das
etapas preparatórias da 2ª Conferência
Nacional do Meio Ambiente, que ocorrerá
em Brasília, de 10 a 13 de dezembro.
Entre as ações
do ministério para combater o desmatamento,
a ministra destacou a importância do
PDA (Projeto Demonstrativo Tipo A) Mata Atlântica.
E Rogério Rocco explicou que esse PDA
já selecionou 12 projetos de instituições
privadas sem fins lucrativos, que devem começar
a ser implantados a partir do ano que vem.
Ao todo, eles receberão R$ 7 milhões
do ministério para atividades de preservação
da mata.
Entre os projetos selecionados,
estão o financiamento para a implantação
de unidades de conservação;
promoção de atividades de ecoturismo;
formação de corredores ecológicos
(técnica para interligar unidades de
conservação com o objetivo de
aumentar a diversidade biológica entre
as espécies) e gestão por mosaicos
(união de várias unidades de
conservação para a promoção
de uma gestão integrada).