11/11/2005 - O Programa
de Restauração de Mata Ciliar,
executado pelo Departamento de Florestas e
Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente (Sema), com apoio
da Companhia Estadual de Energia Elétrica
(CEEE), iniciou nesta sexta-feira (11), em
Santa Rosa, Fronteira Noroeste, mais uma etapa
de distribuição de mudas de
espécies nativas. A solenidade ocorreu
na Escola da Paz.
As matas ciliares são
consideradas áreas de preservação
permanente pelo Código Florestal Federal.
Entre outros benefícios, elas protegem
as margens e o entorno de corpos d’água,
evitando o assoreamento dos mananciais hídricos,
permitindo a conservação da
qualidade e do volume das águas. O
Programa tem o objetivo de recompor a vegetação
ciliar ao longo dos cursos d’água das
Bacias Hidrográficas do Estado.
O representando a presidência
da CEEE, Saul Pedron, disse que o órgão
tem a responsabilidade de gerar e transmitir
energia elétrica, proporcionando o
bem estar das comunidades, mas também
é consciente da necessidade de preservar
e recuperar o meio ambiente. "É
uma satisfação nos engajarmos
neste programa, pois a preservação
das matas, do solo, da água que é
vital para nossa sobrevivência, é
responsabilidade de todos nós",
destacou Pedron.
"Os problemas climáticos
que estamos sofrendo, o assoreamento dos rios,
a diminuição das águas
têm origem no impacto que o meio ambiente
vem sofrendo e temos que saber minimizar esses
problemas para alcançarmos qualidade
de vida", afirmou o comandante da 3ª
Companhia Ambiental da Brigada Militar, Capitão
Vladimir Ribas. Ele ainda falou que é
preciso o trabalho conjunto para resultados
positivos e destacou a educação
ambiental para a mudança de conceitos
e a busca do comprometimento da sociedade.
A Agente Florestal da Sema
em Santa Rosa, Claudio Kroth, relatou que
desde 1999 vem sendo desenvolvido o trabalho
de recuperação das matas ciliares
no rio Uruguai. "Já se conseguiu
isolar uma faixa de 50 metros de vegetação
ciliar em 350 quilômetros do rio, entre
Porto Xavier e Barra do Guarita, totalizando
1.1000 hectares de mata protegida", informou
Kroth. Ele ainda disse que há 1.250
proprietários rurais comprometidos
em isolar a faixa de 50 metros nas margens
de cursos d’água, impedindo a ação
humana e de animais nessa área, além
de plantarem mudas. "Hoje o grande desafio
é com a qualidade da água, mais
do que com a quantidade. É uma questão
de sustentabilidade e o Programa de Restauração
de Mata Ciliar é um caminho para isso",
disse o Agente Florestal;
Também integraram
a Mesa do evento, o gerente regional da Fepam,
Valdir Rochineski, e a representante da secretaria
municipal do Meio Ambiente, Juliana Meller.
A Divisão de Licenciamento Florestal
do Defap/Sema esteve representada pela engenheira
florestal Lúcia Becker Dilélio.
O programa distribuirá
na Fronteira Noroeste 50 mil mudas de espécies
nativas.