(21/11/05) - O diretor de
Proteção Ambiental do Ibama,
Flávio Montiel, informou hoje que o
Ibama contará, em breve, com imagens
de satélite de todos os biomas do Brasil
- não só da Amazônia,
como hoje. Um contrato, a ser assinado pelo
Ibama com empresas da Índia e da Inglaterra,
dará acesso a imagens da Mata Atlântica,
Pantanal, Cerrado. Com o novo recurso tecnológico,
o órgão amplia e aprimora o
trabalho de fiscalização das
florestas e matas brasileiras.
O uso do sensoriamento remoto
para os novos biomas, definido em decreto,
faz parte de uma estratégia mais ampla
do Ministério do Meio Ambiente e do
Ibama, que, a partir de 2006, desencadearão
um plano de preservação e fiscalização
daqueles três biomas, a exemplo do que
foi posto em andamento em 2003, em relação
à Amazônia.
Ainda não há
data para começo do fornecimento das
imagens. A estimativa é o primeiro
semestre do próximo ano. “Saltaremos
de um sensoriamento remoto sobre cinco milhões
de quilômetros quadrados (Amazônia
Legal) para nove milhões de quilômetros
quadrados, margeando fronteiras de países
vizinhos”, explicou Montiel.
Como os novos biomas a serem
monitorados possuem topografia e geomorfologia
diferentes da Amazônia e entre si, o
Ibama e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) estudam a adoção
de sistemas de “leitura” diferentes do atual
(Deter), que mapeia a Amazônia. Além
daquelas peculiaridades, o corte das matas
é igualmente diferenciado, o que impõe
sensoriamentos específicos. Enquanto
na Amazônia prevalece o corte raso,
na Mata Atlântica, por exemplo, o corte
é “pingado”.