Manifestantes entram pelo
teto do local onde estava sendo realizada
conferência na qual primeiro-ministro
defenderia construção de novas
usinas
29-11-2005 - São
Paulo (SP) - O Greenpeace impediu o primeiro-ministro
britânico Tony Blair de realizar seu discurso
em favor da energia nuclear, que ocorreria na
conferência anual da Confederação
da Indústria Britânica (CBI, em
inglês). Dois ativistas do Greenpeace
escalaram o teto do local, seguraram faixas
que diziam, em inglês, “nuclear – resposta
errada” e depois despejaram confetes “radioativos”,
obrigando Blair a mudar para uma sala lateral
para fazer seu discurso com mais de uma hora
de atraso.
A conferência
estava sendo amplamente promovida
como o veículo onde seria anunciado
uma nova revisão da matriz
energética do Reino Unido,
e Blair estava pessoalmente apoiando
a construção de novas
centrais nucleares no país.
“Hoje Blair tenta iniciar uma nova
era nuclear, no que ele deve ser impedido.
A energia nuclear não é
a solução para as mudanças
climáticas, pois essa fonte
energética é cara, perigosa,
suja e um alvo potencial para terroristas”,
afirmou Guilherme Leonardi, coordenador
da campanha antinuclear do Greenpeace
Brasil. Há três anos
Blair realizou a maior revisão
da questão energética
nos últimos 60 anos, na qual
se concluiu que as energias renováveis
e a eficiência energética
são o caminho a ser seguido,
e não a nuclear.
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Uma nova revisão
da política energética serviria
apenas para promover a energia nuclear. Blair,
assim como na questão do Iraque, tenta
popularizar sua decisão pessoal entre
a população britânica. A
real solução para as mudanças
climáticas e para a segurança
energética é uma mescla de tecnologia
energética que seja eficiente, segura
e limpa, como eólica, ondas e solar,
o que deve ser acompanhado por medidas de eficiência
energética. |